A informação foi avançada por Carlos Pinto de Sousa, secretário de Estado para a Saúde Pública. Ao falar num seminário de capacitação em matéria de recursos humanos qualificados, o responsável adiantou que o a tutela "prevê formar em todo o território nacional cerca de 38 mil profissionais de saúde".
Este total divide-se em 3000 médicos, 4000 enfermeiros especialistas, 3000 técnicos de diagnóstico e terapêutica, 9000 técnicos de enfermagem (cursos pós-médio), 9000 do regime geral, 9000 de apoio hospitalar e 1000 especialistas em tecnologia de informação, informou o responsável, citado numa nota do ministério.
A formação, de acordo com a tutela, compreenderá todas as carreiras e diferentes graus de ensino.
Na ocasião, o secretário de Estado aproveitou igualmente para defender que "o reforço dos recursos humanos para a saúde é uma premissa e prioridade fundamental do Executivo angolano que será implementado num período de cinco anos (2023-2027)".
Entre outros aspectos, o ministério também reiterou – em comunicado, citado pela Angop – o seu compromisso na melhoria do desempenho das unidades sanitárias primárias e secundárias, dos cuidados primários de saúde, bem como no incremento da cobertura universal de atendimento, sendo que o propósito passa por garantir uma assistência em termos médicos e medicamentosos mais perto das áreas residenciais.
Entre as garantias apontadas pela tutela, destaca-se ainda o facto de querer continuar a trabalhar na melhoria da cadeia logística de medicamentos, suplementos, meios médicos e reagentes no sentido de aperfeiçoar a formação de cada trabalhador, o contentamento profissional e a realização pessoal.
Segundo a Angop, entre outros aspectos, o ministério também informou que o governo vai dar continuidade à estratégia para recrutar mais profissionais, conforme as condições económicas e financeiras de Angola.
Refira-se que o seminário de capacitação em matéria de recursos humanos qualificados contou com a participação dos directores pedagógicos e equiparados das unidades hospitalares do país. O certame foi promovido pelo Instituto de Especialização em Saúde e serviu para "reforçar as competências metodológicas, administrativas e técnicas dos profissionais".
Saliente-se que a rede sanitária do país – segundo dados citados pela Angop – tem aproximadamente 100 mil profissionais para atender mais de 30 milhões de habitantes, enquanto o sistema nacional de saúde é composto por cerca de 2000 unidades.