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Bicampeão Petro de Luanda suspenso por dois anos, Kabuscorp despromovido

A Federação Angolana de Futebol (FAF) suspendeu o Petro de Luanda, treinado pelo português Alexandre Santos, de toda actividade desportiva, por dois anos, por alegado envolvimento dos bicampeões em esquemas de corrupção.

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O castigo é aplicado pelo "não cumprimento do dever de colaboração a que está adstrito com a FAF, no âmbito do processo disciplinar instaurado", lê-se no comunicado do organismo.

Em causa está um áudio divulgado nas redes sociais no qual o jogador do Petro Márcio Luvambo confirma que o emblema que representa pagou três milhões de kwanzas à Académica do Lobito para vencer o 1.º de Agosto, em jogo da Taça de Angola da época passada.

O Petro de Luanda venceu por 17 vezes o campeonato nacional de futebol, recorde do Girabola, incluindo as últimas duas edições, em ambas já sob o comando do português Alexandre Santos.

Em comunicado, a direcção do clube considera não existirem factos e fundamentos legais para a anunciada sanção e promete recorrer da decisão.

O órgão disciplinar na FAF puniu também o Kabuscorp do Palanca com a pena de descida de divisão, para o segundo escalão, também por corrupção, durante o apuramento para o Girabola, suspendendo o presidente do clube, Bento Kangamba, por quatro anos.

Num comunicado, o clube acusa o organismo de “ambição desmedida”. “A Direcção do Kabuscorp Sport Club do Palanca sempre alertou à família do futebol angolano da ambição desmedida do Conselho de Disciplina da Federação Angolana de Futebol e o teor do comunicado de 31 de Agosto confirma que nunca há uma segunda oportunidade para a primeira impressão”, lê-se na nota.

Para o clube, a decisão configura “um guião de insultos e criatividade ignóbil”. A direcção “apela à tranquilidade dos atletas, equipa técnica, sócios, adeptos e simpatizantes, garantindo que o plantel continua a sua preparação para o Girabola 2023/2024 no qual a equipa sénior masculina de futebol vai participar”.

O treinador da Académica do Lobito, Agostinho Tramagal, foi castigado com quatro anos de suspensão, numa punição também por corrupção, após ter admitido a recepção de um milhão de kwanzas.

Também o 1.º de Agosto foi multado em 2000 kwanzas, por inobservância dos seus deveres com a FAF.

O jornalista Adolfo Manuel, da Rádio Nacional de Angola, é também visado no comunicado da FAF, por ter intermediado o acto de corrupção envolvendo o Kabuscorp e a Académica do Lobito, tendo os autos sido remetidos para as entidades reguladoras da profissão e para a sua entidade patronal.

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