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Festival artístico “No Meu Mundo” promove talento de pessoas com deficiência em Luanda

O Festival Inclusivo de Artes “No Meu Mundo” traz a Luanda, entre 12 e 29 de Outubro, um conjunto de eventos culturais e uma exposição de artistas angolanos e portugueses, para promover o talento das pessoas com deficiência.

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“O objectivo principal é promover as habilidades da pessoa com deficiência e, ao mesmo tempo, trazer à tona a discussão em torno da inclusão, especialmente a inclusão da pessoa com deficiência no mercado cultural”, explicou o idealizador do projecto, Isis Hembe, em declarações à Lusa.

Segundo o responsável, o Festival Inclusivo de Artes “No Meu Mundo” será igualmente um espaço de reflexão sobre a condição de empregabilidade, de acesso aos transportes públicos e toda a problemática em volta da pessoa com deficiência em Angola.

“É um festival inclusivo que visa mostrar um ideal que queremos propor de que a pessoa com deficiência [pode estar] incluída na sociedade e fazer coisas paralelas, [elas] vão estar no mesmo espaço a fazer coisas com pessoas sem deficiência numa simbiose equilibrada”, realçou.

O festival tem início a 12 de Outubro no Camões – Centro Cultural Português em Luanda com a inauguração da exposição “Territórios Culturais”, composta por dois projectos que se fundem, um com origem em Angola e outro proveniente de Portugal.

A exposição inaugural do “No Meu Mundo” compreende uma viagem aos traços culturais dos povos de Angola, desde danças, ritos de passagem, cerimónias fúnebres, pesca artesanal, colheita e transformação de frutos e outros.

Com curadoria de Jardel Selele e Eduarda Oliveira, “Territórios Culturais” apresenta obras de 11 artistas (angolanos e portugueses), nomeadamente, António Arriscado, Ana Paula Berteolli, Daniel Caputo, Edilazio Neto, Eliana Calei, Erika Jamêce, Eusébio Dias, Irene Felizardo, Ismael Sequeira, Morais Mungenga e Vopsi Moma.

“Territórios Culturais” teve origem no projecto Realces promovido pela Associação Internacional de Luso Descendentes (AILD) e contou com a colaboração da Associação Irís Inclusiva Portugal “cuja missão é contribuir activamente para a inclusão social de pessoas cegas e de baixa visão”.

Isis Hembe sinalizou ainda a componente de complementaridade neste projeto considerando que a ideia da inclusão “é justamente evitar barreiras e promover um espaço" em que todos participem com as suas habilidades.

“Estamos a convidar as pessoas a olharem para a causa da inclusão como um fator colectivo”, observou o artista.

O festival é uma iniciativa conjunta do Goethe-Institut Angola, do Camões – Centro Cultural Português, da Alliance Française de Luanda, do Anim’Art – Centro de Animação Artística do Cazenga, da LARDEF – Liga de Apoio à Integração dos Deficientes, da ANADA – Associação Nacional de Artistas com Deficiência e Albinismo e da Delegação da União Europeia em Angola.

Uma tertúlia sobre “O Papel da Arte na Inclusão Social”, uma mesa-redonda sobre “A Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho”, uma oficina de circo “Entre a Terra e o Céu”, cinema, teatro e a estreia da ópera hip-hop “As aventuras do Angosat” fazem parte da agenda deste festival.

A iniciativa conta com financiamento do programa Espaços Europeus de Cultura, gerido pela EUNIC – Institutos Nacionais de Cultura da União Europeia e conta ainda com o apoio institucional do Governo Provincial de Luanda.

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