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Cunene torna-se no fornecedor 'número um' de cana-de-açúcar à Namíbia

É no mercado informal de Oshomukuio, em Ondjiva, que se comercializa a maioria da cana-de-açúcar comprada pelos comerciantes da República da Namíbia. A venda faz-se a 500 kwanzas por três canas, que são depois transportadas para o país vizinho através do posto fronteiriço de Santa Clara e revendidas no território.

: Angop
Angop  

Foi em Junho deste ano que a província do Cunene se tornou na melhor fornecedora de cana-de-açúcar ao país vizinho, com diariamente pelo menos meia centena de cidadãos a recorrer ao mercado para compra de grandes quantidades da planta. As canas-de-açúcar - vendidas entre os 100 e os 400 kwanzas, de acordo com o tamanho - chegam de toda a Angola, com especial destaque para as províncias do Huambo e da Huíla.

À Angop, Maria Lena, uma das vendedoras no mercado em Ondjiva, afirmou que por mês consegue o transporte de dois camiões de cana a partir do Huambo até ao Cunene. Fá-lo pelo facto de o mercado da província do sul ser, actualmente, o mais rentável para o negócio.

Já Manuel Woya, cuja produção chega de Calumbeque, na Huíla, considerou que as vendas são satisfatórias no Cunene, já que existem bons compradores da Namíbia no mercado da província. Também da Huíla é possível encontrar pelo Oshomukuio Margarida de Fátima, proveniente do município da Chibia, que considera as vendas e os rendimentos animadores, sendo o meio de subsistência da sua família.

Do outro lado da fronteira surge o namibiano Hitotelwa Dikonia, que confirma que o comércio de cana-de-açúcar é um bom negócio, comprando mais barato em Angola para depois revender no seu país. Por semana, as suas compras ascendem aos 80 mil kwanzas - conseguindo o negócio de quatro canas a 500 kwanzas - revendendo depois a mesma quantidade por cerca de 30 dólares namibianos em Windhoek.

Os comerciantes angolanos apenas apontam a alfândega nacional como a maior dificuldade, já que a cobrança para Angola é menor (200 kwanzas) do que o pago pelos namibianos (500 dólares namibianos).

Recorde-se que o posto fronteiriço de Santa Clara, que liga Angola à Namíbia na província do Cunene, é considerado um dos maiores pontos de entrada e saída do país, tendo em conta o volume registado de trocas comerciais. Através deste posto entram em Angola maioritariamente bens alimentares, vestuário, ração animal, material de telecomunicações e mercadorias para o sector mineiro.

Cunene e Namíbia partilham uma fronteira de 460 quilómetros de extensão, sendo 340 terrestres e 120 fluviais.

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