Com sede em Luanda, no distrito urbano da Maianga, a associação diz respeito a uma Organização Não Governamental (ONG) sem fins lucrativos que foi criada por um grupo de cidadãos livres que decidiram organizar-se e lutar contra as mudanças climáticas e os seus impactos, conservar o ambiente, assim como sensibilizar os cidadãos para a promoção do desenvolvimento sustentável.
No entanto, a questão paira no ar: como é que a iniciativa arrancou? Segundo a associação, em entrevista ao VerAngola, o processo aconteceu "sob liderança do seu fundador e presidente da ONG, Rafael Lucas, que convidou outras pessoas focadas nas causas nobres e muito importantes para o desenvolvimento sustentável de Angola".
Tratando-se de uma associação ambiental, o propósito passa por endereçar os problemas ambientais. Na lista de problemas a combater constam, segundo a associação, a "caça e pesca excessiva, má gestão residual, desmatamento, desperdício de água, energia e alimento, poluição dos solos, rios e mares, atmosferas, queimadas, falta de fiscalização na gestão dos resíduos, mudanças climáticas e a economia circular", entre outros.
No entanto, actualmente as prioridades passam pela poluição dos solos, rios e mares, atmosferas e as mudanças climáticas, refere a associação ao VerAngola.
Em termos de objectivos dizem estarem "determinados a proteger o planeta da degradação, sobretudo por meio do consumo e da produção sustentável, da gestão sustentável dos seus recursos naturais e tomando medidas urgentes sobre a mudança climática, para que ele possa suportar as necessidades das gerações presentes e futuras".
Além disso, a associação diz ainda que pretendem "garantir que todos os seres humanos possam realizar o seu potencial em dignidade e igualdade", num ambiente saudável.
Visando "promover um espaço de discussão e de aprendizagem relativamente às questões da educação ambiental e dos valores para sociedades sustentáveis, aberto a todos os interessados", a associação refere que o seu trabalho é a nível nacional e que tem em mente a concretização de acções concretas em todas as províncias do país, ao trabalhar "de forma alinhada" com os seus núcleos existentes nas províncias de Benguela, Huíla, Huambo, Bié e Cuando Cubango.
No leque de actividades, o destaque recai sobre a concretização de uma conferência subordinada ao tema "Saúde Ambiental e o Desenvolvimento em Angola".
"No mês de Outubro pretendemos realizar uma conferência subordinada ao tema "Saúde Ambiental e o Desenvolvimento em Angola", que terá lugar na Mediateca 28 de Agosto, em Luanda, e que será ministrada por especialistas na área do ambiente e saúde pública. Estamos a criar todas as condições para concretização deste evento. É nossa pretensão também fazer esse exercício nas outras províncias onde estamos representados", avança, em declarações ao VerAngola.
Refira-se que o projecto nasce em parceria com a Quercus Portugal e Cabo Verde, que tencionam estender esta organização aos PALOP, CPLP e SADC. Neste quesito, a Minuto Verde – Quercus ANG refere que irá desempenhar "um papel de extrema importância", na medida em que vai dando as suas "contribuições sobre a defesa do meio ambiente em Angola e as políticas gizadas pelo Estado sobre as alterações climáticas".
Sobre possíveis parcerias com o Governo, a associação conta que já pensaram nisso, mas até ao momento não foram contactados pelo Executivo angolano.
Fundador e presidente da ONG
