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Pós-eleições: exército em estado de prontidão elevada para “evitar incidentes"

As Forças Armadas Angolanas estão desde este Domingo e até às 08h00 de 20 de Setembro em “estado de prontidão combativa elevada” para evitar incidentes e “proporcionar a manutenção da defesa e segurança” após as eleições, sobretudo na província de Luanda.

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Segundo o despacho datado de 3 de Setembro e assinado pelo chefe de Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), general Egídio de Sousa Santos, todas as unidades, estabelecimentos e órgãos das FAA passam ao grau de prontidão combativa elevada para evitar incidentes que " perturbem a ordem e tranquilidade públicas".

Neste período serão reforçadas as medidas de segurança dos principais objetivos económicos e estratégicos e das instituições do Estado, controlo do movimento de colunas militares e restrições na saída de aeronaves militares,
Será também reforçado o serviço de guarda e guarnição e "elevado a rigor" a implementação das medidas de controlo do armamento e munições.

O documento indica também que a polícia militar, em cooperação com a polícia nacional, deve intensificar o patrulhamento auto e apeado nos centros urbanos e suburbanos, visando a recolha do pessoal e viaturas militares que contrariem as disposições contidas no despacho.

O Tribunal Constitucional deverá tomar decisões nos próximos dias sobre o contencioso eleitoral face aos requerimentos apresentados pela UNITA e pela CASA CE, partidos da oposição que não reconhecem os resultados eleitorais anunciados pela Comissão Nacional Eleitoral, antecedendo a tomada de posse.

Na Segunda-feira, a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) anunciou os resultados finais que deram uma vitória, com maioria absoluta, ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), com 51,17 por cento dos votos, contra os 43,95 por cento da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).

Os líderes dos dois partidos abordaram este Domingo a questão nas suas contas das redes sociais.

João Lourenço, presidente do MPLA e que se candidatou a um novo mandato como presidente de Angola, afirmou que o partido saiu à rua "para comemorar a vitória do penta" (o MPLA venceu as cinco eleições gerais realizadas em Angola), mas que aguarda "serenamente pela decisão do Tribunal Constitucional".

"Depois vamos organizar a segunda festa, a cerimónia de investidura e os actos que se seguem. Angolanos, estamos juntos", escreveu na sua conta na rede social Twitter.

Antes, já o seu rival e presidente da UNITA, maior partido da oposição, tinha usado a mesma rede para falar do assunto.

Adalberto da Costa Júnior disse esperar que o Tribunal Constitucional (TC) aceite a providência cautelar que o partido interpôs "para que a verdade dos votos prevaleça e mostre ao povo angolano que o MPLA não ganhou as eleições".

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