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ONU: mais de 1,3 milhões de pessoas no sudoeste sofrem de fome extrema

Mais de 1,3 milhões de pessoas no sudoeste de Angola sofrem de “fome extrema” devido à pior seca dos últimos 40 anos, que deixou campos áridos, pastagens secas e reservas alimentares esgotadas, advertiu o Programa Alimentar Mundial (PAM).

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As três províncias mais afectadas pelo problema são o Cunene, a Huíla e o Namibe, segundo o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas.
"No sul do país, famílias têm migrado para outras províncias e a vizinha Namíbia em busca de água e pasto para o gado", disse a directora nacional do PAM para Angola, Michele Mussoni, num comunicado.

"Estas áreas têm sofrido os efeitos devastadores das alterações climáticas e a seca actual ameaça a segurança alimentar e a nutrição das pessoas vulneráveis", acrescentou Mussoni.

Os preços elevados dos alimentos e uma infestação de gafanhotos que tem causado graves danos às culturas estão a agravar o impacto da seca, dificultando o acesso a alimentos nutritivos nestas partes do país.

Nos próximos meses, advertiu o programa da Organização das Nações Unidas, a situação é susceptível de piorar e o número de pessoas famintas é susceptível de atingir 1,58 milhões, entre Outubro e Março de 2022, a época de escassez, quando as reservas alimentares tradicionalmente se esgotam.

A seca também atingiu 114.000 crianças com menos de cinco anos de idade que sofrem ou podem sofrer de desnutrição aguda nos próximos 12 meses, com graves efeitos no seu desenvolvimento físico e mental, de acordo com o PAM.

 

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