De momento, "o país tem uma disponibilidade que corresponde a uma autonomia que vai até 16 dias, uma autonomia perfeitamente tranquila. Portanto, não há problema ao nível de disponibilidade do produto", informou o presidente da Comissão Executiva (PCE) da Unidade de Negócio, Distribuição e Comercialização (UNDC) da petrolífera estatal, Eugénio Vunge, comentando a possível falta de combustível em algumas zonas do país, com realce para as províncias de Cabinda e Zaire.
O responsável também falou sobre as enchentes que se têm vindo a registar nas zonas Norte e Leste do país. Citado pelo Jornal de Angola, Eugénio Vunge indicou que a acessibilidade, distribuição, logística e o contrabando são as principais justificações para a origem das longas filas.
Explicou que a acessibilidade tem vindo a condicionar a restituição de combustível de forma antecipada em algumas destas zonas, com destaque para as que têm uma acessibilidade mais reduzida.
Relativamente à distribuição e logística, a petrolífera de bandeira tem registado problemas de carácter operacional, mas frisou que apesar desses obstáculos, a Sonangol tem envergado todos os seus esforços para levar e repor o combustível naquelas zonas.
Contudo, afirmou que os esforços da Sonangol muitas vezes são fracassados devido ao contrabando de combustível: "Às vezes o combustível vai parar em canais menos apropriados. Assistimos várias vezes veículos que se fazem às bombas, mas têm os depósitos adulterados e isso faz com que o consumo diário seja alterado por conta deste facto".
Recordou que a petrolífera tem em curso alguns projectos para tentar solucionar o problema das enchentes nas bombas de combustível, com destaque para a construção da Refinaria de Cabinda, a inauguração de uma infra-estrutura de combustível em Saurimo, capaz de albergar 900 metro cúbicos, e ainda a ramificação do Caminho-de-Ferro do Moxico que facilitará o transporte de combustível de um lado para o outro.