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Educação

Adultos que nunca frequentaram a escola vão poder terminar a 9.ª classe em cinco anos

Estão criadas, pela primeira vez, as condições necessárias para que adultos e jovens com atraso escolar consigam, desde a sua entrada no processo de alfabetização, terminar a 9.ª classe em cinco anos.

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A ministra da Educação, Luísa Grilo, explicou que estas condições possibilitam a criação de bases para o Plano de Intensificação da Alfabetização e Educação dos Jovens Adultos 2019/2022, que visa colmatar o analfabetismo e reduzir o atraso escolar.

Ao falar durante o acto central do Dia Internacional da Alfabetização, assinalado esta Quarta-feira, em Moçâmedes, a titular da pasta da Educação revelou que foram concretizadas várias actividades no âmbito da implementação do plano.

Entre as actividades, destaca-se o início de uma campanha de ampliação da rede de parceiros de alfabetização, o lançamento do projecto "Minha Família sem Analfabetismo" e a generalização do primeiro ciclo de ensino de jovens e adultos em todos os municípios de Angola.

Citada pela Angop, a ministra adiantou que do trabalho realizado foi possível atender 419.402 cidadãos na área de ensino de educação de adultos no ano lectivo passado, dos quais 144.429 deram início à sua alfabetização, o que permitiu criar as condições necessárias para que os adultos e jovens com atraso escolar consigam terminar a 9.ª classe em cinco anos.

Reconhecendo as conquistas até aqui alcançadas, Luísa Grilo também admitiu que os desafios ainda são grandes, referindo que todos os anos várias crianças deixam de fazer parte do sistema de ensino, aumentando o número de pessoas com atraso escolar.

A governante defendeu que, enquanto o investimento se debruça na criação de condições para assegurar a educação às crianças, é também necessário reforçar a aposta na educação dos jovens e adultos.

Luísa Grilo fez ainda saber que com o apoio do Banco Mundial se estima, através do Projecto Aprendizagem para Todos, implementar acções que visem o empoderamento de cerca de 250 mil jovens que por diversas razões não terminaram o ensino.

Também assegurou que o país está a trabalhar no sentido de aumentar a inclusão digital, com vista a simplificar o acesso à internet a todos os cidadãos.

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