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Banca e Seguros

Seguradoras atingem 233 mil milhões de kwanzas em volume de prémios

O volume de prémios arrecadados pelas seguradoras angolanas, em 2020, foi de cerca de 233 mil milhões de kwanzas, informou a Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (Arseg).

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O presidente do Conselho de Administração da Aeseg, Elmer Serrão, avançou o dado na abertura de um fórum sobre a banca e seguros, promovido pela Associação de Jornalistas Económicos (Ajeco).
Elmer Serrão disse ainda que em 2020 foram pagas indemnizações que ascenderam os 92 mil milhões de kwanzas, representando uma taxa de sinistralidade na ordem dos 40 por cento.

Segundo o responsável da Arseg, relativamente ao volume de prémios do ramo não vida, representou 98 por cento dos prémios arrecadados, contra os 2 por cento do ramo vida.

"Temos por isso, todos, um papel crucial na inversão deste quadro", referiu Elmer Serrão.

Em Angola, a taxa de penetração vida e não vida é de 0,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), dos quais o vida tem 2,5 por cento, o que é "uma taxa de penetração próxima de zero",indicou Alexandre Carreira, presidente da comissão executiva da Nossa Seguros, frisando a necessidade de se buscar experiências de países vizinhos como a Namíbia, com uma taxa de penetração do serviço vida de 5 por cento, e a África do Sul (10 por cento).

Relativamente ao fundo de pensões, o presidente da administração da Arseg disse que no ano passado foram registados um total de 36 fundos de pensões, sendo nove abertos e 27 fechados, cuja carteira de activos ascendeu a um total de 567 mil milhões de kwanzas.

Elmer Serrão manifestou preocupação com o "ainda baixo" índice de penetração do sector de seguros relativamente ao PIB, o que se deve à conjuntura económica actual, agravada pela pandemia de covid-19, influenciando ainda a "baixa cultura de seguros existente em Angola".

Para alteração deste quadro, Serrão defendeu o incremento da literacia financeira como o principal vector para o aumento da cultura do seguro e o aumento da taxa de penetração, através de acções no âmbito de protocolos já celebrados, bem como de acções conjuntas com o conselho supervisor de sistema financeiro recentemente instituído, para incentivar um maior conhecimento do público em geral sobre o sector de forma particular e sobre o mercado financeiro de forma geral.

"A conjuntura económica e financeira ainda é um dos principais desafios que se impõe ultrapassar. O petróleo é ainda a principal 'comoditie' do país, cujo preço está sujeito a oscilações no mercado internacional, com impacto significativo na economia angolana, aos quais se acrescem as consequências da retracção económica nunca antes vista provocada pela pandemia de covid-19", referiu Elmer Serrão.

O responsável expressou optimismo e boas perspectivas para o sector dos seguros em Angola, tendo em conta o esforço do executivo angolano na estabilização económica e para o incentivo do investimento estrangeiro.

"Sobretudo no contexto da realização de novos projectos no domínio da indústria, da agricultura, entre outros, o que por sua vez irá potenciar a dinamização da procura dos produtos e serviços do setor dos seguros e pensões a médio e longo prazo", considerou.

Para este ano, a Arseg tem como uma das prioridades dar continuidade ao processo de revisão do quadro legal do sector, com destaque para as matérias do contrato de seguro, fundos de pensões, sistemas de tarifas, seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel, plano de contas e a definição de novos capitais sociais mínimos para o exercício da actividade seguradora.

Actualmente o mercado de seguros, mediação e fundo de pensões conta com um leque de 23 seguradoras, 1230 mediadores de seguros e oito entidades gestoras de fundos de pensões.

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