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Saúde

África CDC afirma que não faz sentido abrir escolas se prevalência de covid-19 for elevada

O director do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), John Nkengasong, afirmou que não faz sentido abrir escolas se a prevalência de casos activos de covid-19 for elevada.

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"Não faz sentido abrir escolas onde a prevalência da covid-19 for elevada", afirmou John Nkengasong, quando questionado durante a conferência de imprensa semanal do África CDC sobre a pandemia do novo coronavírus.

"Faz sentido abrir escolas onde a prevalência é inferior a 5 por cento", salientou o director do África CDC.

Para o director daquele centro de controlo, a abertura das escolas tem também de ser acompanhada com a aplicação de medidas de prevenção junto das comunidades escolares e com a capacidade de testagem.

"Mas, isso deve ser analisado por cada país do continente. Cada país deve pegar nas linhas de combate à pandemia e aplicá-las ao seu sistema de ensino", acrescentou.

Nas declarações à imprensa, John Nkengasong disse que a testagem no continente melhorou significativamente, com cerca de 12 milhões de testes, o que representa um aumento de 6 por cento.

"Os países estão a testar mais e mais e os números apresentados representam a realidade", afirmou, salientando que a curva epidemiológica está a estabilizar e a começar a diminuir. "Os números sugerem que o que estamos a fazer está a funcionar", sublinhou.

John Nkengasong salientou, contudo, que ainda há um grande caminho a percorrer até se declarar o fim da pandemia.

Segundo o director do África CDC, um dos maiores desafios que o continente enfrenta está relacionada com a descentralização da testagem.

A maior parte dos países africanos têm um fraco sistema de saúde que não cobre a totalidade dos territórios nacionais.

Outro aspecto que John Nkengasong salientou como necessário ser pensado a breve trecho é o fabrico de testes de diagnóstico no continente e produção de medicamentos, quando questionado sobre as dificuldades de África para combater a covid-19.

"Não podemos combater doenças infecciosas sem testes de diagnóstico", afirmou, salientando que é necessário África focar-se em desenvolver uma vacina como está a fazer o Instituto Pasteur em Dacar.

"Importamos mais de 90 por cento dos medicamentos. Não podemos garantir a segurança sem produção e fabrico local de medicamentos. Isso tem de mudar", afirmou.

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