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Participação da portuguesa Partex em bloco petrolífero angolano transferida para a tailandesa PTT

A participação de 2,5 por cento da Partex, da Fundação Calouste Gulbenkian, no Bloco 17/06 foi transmitida à PTT Exploration and Production depois de as autoridades angolanas concluírem a avaliação à idoneidade e capacidade técnica e financeira da empresa tailandesa que comprou a petrolífera.

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A transmissão da posição contratual dos 2,5 por cento que a Partex detinha no grupo empreiteiro que opera o Bloco 17/06 no 'offshore' angolano foi formalizada através do decreto executivo 237/20 a que a Lusa teve acesso.

A Partex estava em Angola desde 2006.

A Fundação Calouste Gulbenkian concluiu em Novembro de 2019 a venda da petrolífera Partex à tailandesa PTTEP por cerca de 622 milhões de dólares, anunciou a instituição portuguesa.

O acordo de venda foi assinado a 17 de Junho de 2019 concretizando a intenção da instituição em sair daquele ramo de negócio fundado por Calouste Gulbenkian em 1938.

Segundo a instituição presidida por Isabel Mota, o acordo com a PTTEP - que inclui "um activo que representava cerca de 18 por cento dos investimentos totais" da fundação - "permitirá o crescimento e expansão da Partex e a sua entrada num novo ciclo de desenvolvimento", bem como alinha "a Fundação com a visão de futuro sustentável que partilha com outras grandes fundações internacionais".

"Neste momento, tendo em conta o parceiro que escolhemos, tenho a certeza que a Partex vai ter um futuro brilhante no sentido de poder ter uma dimensão e os recursos necessários para evoluir e para poder aumentar a sua intervenção", declarou Isabel Mota aos jornalistas, na altura.

O presidente executivo da Partex, António Costa e Silva, na mesma ocasião, disse acreditar que o novo accionista vai permitir aumentar a produção e crescer em novas geografias sobretudo em países de língua portuguesa.

Em declarações aos jornalistas, Costa e Silva afirmou que a aquisição pela empresa pública tailandesa permite "criar em Portugal uma plataforma de crescimento da PTTEP no mundo, sobretudo para o hemisfério ocidental, começando no Médio Oriente, mas alargando a todas estas áreas sobretudo os países em que se fala português".

A PTTEP é uma empresa pública, cotada na Bolsa da Tailândia, que integra os índices Dow Jones Sustainability. A operar desde 1985, tem 46 projectos petrolíferos em 12 países espalhados pelo mundo.

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