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BNA diz que há espaço para descer mais as taxas de juro

O governador do banco central disse esperar que a inflação em Angola desça para menos de 10 por cento até 2022 e acrescentou que quer continuar a trajectória de descida das taxas de juro.

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"Acreditamos que há espaço para baixar as taxas de juro, para darmos mais hipóteses aos negócios de sobreviverem", disse José Lima Massano numa entrevista à Bloomberg, feita à margem da participação do governador na Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque. 

"Tivemos um processo em que a nossa moeda estava artificialmente valorizada, e agora temos de fazer alguma coisa, é um processo doloroso", admitiu o banqueiro central na entrevista, concedida poucos dias antes de o banco decidir, na Segunda-feira, se mantém as taxas de juro nos actuais 15,5 por cento.

"Se não conseguirmos imprimir estabilidade em termos de inflação, de moeda externa, no final do dia não estamos a construir a infra-estrutura que promova um crescimento sustentável", afirmou, defendendo que é essencial procurar este crescimento "devido ao estado actual” da economia nacional.

Angola deverá enfrentar este ano o quarto ano consecutivo de recessão económica, com uma inflação de 17,9 por cento em Agosto, a dívida pública acima de 80 por cento do PIB e com as reservas externas a descerem para cerca de 10 mil milhões de dólares.

O kwanza perdeu cerca de 17 por cento face ao dólar este ano, o que torna o ambiente económico ainda mais difícil dada a forte dependência do país das exportações.

A diversificação económica tem sido uma das principais apostas do Presidente João Lourenço, a par da reforma do sector petrolífero e bancário, assolado por crédito malparado à volta dos 30 por cento.

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