Segundo o presidente do Conselho de Administração do Caminho-de-Ferro de Benguela, Luís Teixeira, é necessário um aumento de vagões de carruagens, para suprir a procura pelos passageiros.
Luís Teixeira frisou a incapacidade que o CFB tem de "satisfazer os anseios no transporte da população". "Nós temos 97 carruagens operacionais, que não são suficientes para tanta demanda, seria muito bom se tivéssemos 250 carruagens", disse o responsável em declarações à rádio pública angolana.
De acordo com o administrador do CFB, o grande desafio da empresa é a conquista do tráfego internacional. "Isto é, transportar uma grande percentagem do minério que sai pela África do Sul, do Porto de Durban, e por Dar Es Salam, da Tanzânia, para o Porto do Lobito. Queremos é desviar parte do minério que vão para estes portos e encaminhá-lo para o Porto do Lobito", salientou.
Em Marco deste ano, o CFB procedeu ao transporte de mil toneladas de manganês exportada pela vizinha República Democrática do Congo, marcando o reinício do centenário tráfego internacional do CFB, iniciado no período colonial português, com a construção da linha, suspensa entretanto em 1984, devido à guerra civil em Angola, que só terminou em 2002.
A reabilitação da linha do CFB, com uma extensão de 1344 quilómetros, que cruza quatro províncias angolanas e uma área de sete milhões de habitantes, custou quase 1,9 mil milhões de dólares.