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PR português almoça com sete ministros angolanos e governador do banco central

O primeiro-ministro teve um almoço informal com sete ministros do Governo angolano e com o governador do Banco Nacional de Angola, sinal que o executivo português considera reflectir o novo clima político entre os dois países.

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Este almoço privado de António Costa teve lugar no Embarcadouro do Mussulo, nos arredores de Luanda, antes de visitar a obra do novo Hospital Materno-Infantil de Camama, a cargo da construtora portuguesa "Casais", projecto que envolve cerca de 194 milhões de dólares norte-americanos.

De acordo com fonte do Governo português, as novas leis angolanas do investimento e da concorrência, que em breve entrarão em vigor, assim como as negociações de Angola com o Fundo Monetário Internacional (FMI), foram alguns dos temas abordados no almoço, numa tentativa de demonstrar o novo clima de negócios" que se pretende estabelecer neste país.

Com o primeiro-ministro português estiveram o governador do Banco Nacional de Angola, José Lima Massano, assim como os ministros das Finanças, Archer Mangueira, da Agricultura, Marcos Nenhunga, e das Relações Exteriores, Manuel Domingos.

Estiveram ainda os titulares angolanos das pastas da Comunicação Social, Construção, Justiça, Saúde e Ensino Superior, e, pela parte portuguesa, os ministros dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, da Agricultura, Capoulas Santos, bem como os secretários de Estado Adjunto do ministro das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, e da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias.

"Neste almoço ficou bem patente a vontade do Governo angolano de mudar rapidamente nos planos económico e financeiro e gerar nova confiança no exterior", disse à agência Lusa um membro do executivo de Lisboa.

Após a visita às obras, o primeiro-ministro elogiou a empreitada da construtora portuguesa Casais, considerando importante a cooperação portuguesa, "não apenas na construção de infra-estruturas rodoviárias, mas também no desenvolvimento de equipamentos de saúde".

Interrogado se tenciona regressar a Camama, em 2020, quando o novo hospital for inaugurado, o primeiro-ministro disse ter percebido a relação indirecta da pergunta com as próximas eleições legislativas em Portugal, em Outubro de 2019.

"A baptizados e casamentos só vai quem é convidado. Portanto, deixemos a obra terminar e o Governo angolano convidar quem entender convidar. Percebi o ‘trocadilho’ sobre as eleições, mas os convites pertencem ao dono da obra", disse, usando um tom de humor.

Ainda nas declarações que prestou aos jornalistas, o primeiro-ministro salientou que Portugal "deve lançar novos projectos a partir de novos investimentos".

Já sobre os cidadãos nacionais que regressaram a Portugal nos últimos anos, após vários anos em Angola, António Costa referiu que alguns "voltaram por boas razões, devido à retoma da actividade económica no país".

"Esta visita, assim como a do Presidente da República de Angola, João Lourenço, a Portugal, em Novembro, representam um sinal forte de confiança ao nível de investimentos nas duas direcções", acrescentou.

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