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Angola na ONU: eleições mostram “gradual consolidação da democracia”

Angola defendeu esta Segunda-feira nas Nações Unidas que a “pacificação do país foi definitivamente alcançada” e a “gradual consolidação da democracia é um facto”, após a realização das eleições gerais, em que foi eleito um novo Presidente, João Lourenço.

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Angola “tem estado estável e a pacificação do país foi definitivamente alcançada”, defendeu o embaixador angolano junto da ONU, Ismael Martins, na 72.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, na sede da organização, em Nova Iorque.

Na sua intervenção, o diplomata recordou que Angola realizou a 23 de Agosto “as suas terceiras eleições gerais em tempo de paz” e que decorreram “num clima de tranquilidade, respeito pelas diferenças e elevada civilidade, o que mostra a estabilidade em que o país vive e a que a gradual consolidação de democracia é um facto”.

As prioridades do novo Governo, liderado por João Lourenço (MPLA), que tomou posse esta Terça-feira, “serão focadas no desenvolvimento económico, com particular atenção no combate à pobreza, na redução das desigualdades, no combate ao desemprego, na melhoria das insuficiências de governação e dos indicadores de desenvolvimento como uma condição ‘sine qua non’ para construir uma sociedade próspera e democrática”, destacou.

No seu discurso, o embaixador falou também da organização e referiu-se ao secretário-geral da ONU: “O sucesso de António Guterres é o nosso sucesso”, declarou. “Precisamos de uma organização capaz de promover a paz e a segurança, capaz de actuar rapidamente e com eficácia”, sustentou, elencando o combate ao terrorismo como uma das áreas prioritárias.

Ismael Martins reiterou a posição de Angola sobre a necessidade de reformar o Conselho de Segurança, “de forma a reflectir a realidade do mundo contemporâneo”. “A sua composição actual está ultrapassada e deve ser reformada urgentemente. Em linha com a posição africana, Angola reitera a necessidade de aumentar o número de membros permanentes para garantir um equilíbrio geográfico justo”, afirmou.

“É injusto que o continente africano, que representa quase 40 por cento dos Estados-membros da ONU, não esteja representado entre os membros permanentes no principal órgão responsável pela manutenção da paz e segurança no mundo”, considerou o diplomata.

Acentuando o compromisso de Luanda para com “a promoção e protecção dos direitos humanos”, Ismael Martins pediu o apoio dos restantes países da ONU na sua candidatura ao Conselho de Direitos Humanos, cuja eleição decorre em Outubro.

O representante do nosso país frisou ainda o seu compromisso para com o multilateralismo, o cumprimento da agenda dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (‘Agenda 2030’) e as recomendações do Acordo de Paris sobre alterações climáticas.

Sobre a situação internacional, classificou como “uma ameaça muito séria para a paz e segurança internacionais” a tensão actual na península coreana, apelando para uma solução diplomática e respeito às leis internacionais sobre armamento.

Luanda advogou ainda o levantamento total do embargo imposto pelos Estados Unidos a Cuba e a solução dos Estados de Israel e Palestina para terminar o conflito no Médio Oriente.

O diplomata disse também que Luanda está “confiante e expectante” na resolução da crise política da Guiné-Bissau, outro país lusófono que também integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

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