Estêvão Cachiungo falava aos jornalistas após o anúncio dos resultados definitivos pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), numa cerimónia em que não participaram os comissários nacionais eleitorais representantes dos partidos da oposição.
"Temos fóruns próprios, estamos a trabalhar para que a justiça faça com que se resgate a verdade eleitoral para cumprimento daquilo que a lei estabelece", disse o mandatário da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), sublinhando que a acta dos resultados nacionais definitivos não foi assinada por todos os comissários nacionais eleitorais.
"Há problemas dentro da CNE que o senhor presidente não falou", disse Estêvão Cachiungo.
O mandatário do maior partido da oposição, também nestas eleições a segunda força política mais votada, tendo alcançado 26,67 por cento dos votos, disse não perceber "por que é que a CNE faz um exercício de tanta responsabilidade e oculta o que de facto está a acontecer".
"Vamos pedir ao tribunal a impugnação, estamos dentro da lei, estamos serenos, calmos", disse o político, reiterando a necessidade de que os processos electivos angolanos sejam feitos "de acordo com a lei, sejam transparentes".
O responsável reforçou que "este processo não foi transparente, não foi de acordo com a lei e não é festa, porque as ruas estão cheias de polícias".