A posição foi expressa pelo presidente da CNE, André da Silva Neto, antes do anúncio dos resultados definitivos das eleições gerais, que confirmaram João Lourenço como o novo Presidente de Angola e Bornito de Sousa como o novo vice-Presidente.
Nas suas felicitações, André da Silva Neto manifestou a convicção de que o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) "mereceu a confiança da maior parte dos eleitores e que fará o seu melhor para a concretização dos anseios dos angolanos".
Às restantes forças políticas concorrentes - UNITA, CASA-CE, PRS, FNLA e APN - o responsável do órgão eleitoral nacional felicitou igualmente "pela sua participação na festa da democracia e por enobrecerem o país com a sua participação” nas eleições gerais.
André da Silva Neto lamentou, contudo, as declarações de alguns partidos, "que, imbuídos de má-fé, procuraram confundir a comunidade nacional e internacional, na tentativa de descredibilizar todo o processo eleitoral e o empenho da Comissão Nacional Eleitoral em realizar eleições credíveis, com afirmações torpes e destituídas de elementos de prova merecedoras do mínimo de credibilidade".
"A estas forças e pessoas colectivas e singulares lembramos que Angola é um Estado democrático e de direito, e que os mesmos têm a opção de fazer valer os seus direitos através de mecanismos legalmente estabelecidos, e não por via de ameaças físicas, morais ou psicológicas e difamações ou injúrias injustificáveis", disse o presidente da CNE.
O responsável do órgão administrativo eleitoral sublinhou que, colocados à parte alguns constrangimentos ocorridos durante todo o processo eleitoral, como perdas humanas e de meios materiais, e a tentativa de criação, por algumas forças políticas, "de um ambiente de desestabilização e intranquilidade", toda a actividade da CNE "decorreu num clima de serenidade e calma exemplares".
A CNE agradeceu o apoio prestado por várias instituições nacionais e internacionais nestas eleições que contou com a participação de seis forças políticas - Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e a Aliança Patriótica Nacional (APN).
Os resultados finais das eleições angolanas apontam ainda que a UNITA é a segunda força política mais votada, tendo alcançado 26,67 por cento dos votos, seguindo-se a coligação de partidos CASA-CE, com 9,44 por cento dos votos.