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Saúde

País soma 4120 suspeitos de febre-amarela e investiga um positivo em Setembro

As autoridades de saúde estão a investigar um caso positivo de febre-amarela ocorrido na província do Huambo, descartando outros três confirmados no mesmo período por terem sido vacinados, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

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De acordo com o mais recente relatório daquela organização das Nações Unidas, consultado pela Lusa, já foram registados em Angola, desde o início da epidemia, a 5 de Dezembro, e até 15 de Setembro, um total de 4120 casos suspeitos de febre-amarela.

O último caso confirmado oficialmente, com análises laboratoriais, remonta a 23 de Junho, mas permanece em curso a investigação ao último dos quatro casos positivos (em laboratório e não apenas por sintomas como as situações suspeitas) detectados no início de Setembro.

Três destes, apesar de positivos, foram descartados como novos casos, por terem sido vacinados, enquanto um, ocorrido em Tchindjenje, Huambo, permanece "sob investigação das autoridades de saúde".

Segundo a OMS, até 15 de Setembro foram confirmados laboratorialmente 884 casos de febre-amarela, havendo registo de 373 mortes suspeitas (em 4.120 casos também suspeitos), representando uma taxa de mortalidade da doença de 9,1 por cento.

Desde o início da epidemia no nosso país já foram reportados casos em todas as 18 províncias do país e casos de transmissão local da febre-amarela em 12 províncias.

A transmissão da doença é feita pela picada do mosquito (infectado) "aedes aegypti", que, segundo a OMS, no início desta epidemia estava presente em algumas zonas de Viana, Luanda, em 100 por cento das casas, município em que se registaram os primeiros casos.

Trata-se do mesmo mosquito responsável pela transmissão da malária, a principal causa de morte em Angola, e que se reproduz em águas paradas e na concentração de lixo, dois problemas (época das chuvas e falta de limpeza de resíduos) que afectaram a capital entre 2015 e 2016.

A epidemia alastrou para a vizinha República Democrática do Congo (RDCongo), com 2770 casos suspeitos, em todas as 26 províncias do país, entre 1 de Janeiro e 18 de Setembro. No total, a OMS refere que foram laboratorialmente confirmados, neste período, 76 casos, dos quais pelo menos 57 comprovadamente importados de Angola. A epidemia já matou 119 pessoas - casos suspeitos - na RDCongo, ainda segundo a OMS.

Em conjunto com a OMS, as autoridades de saúde dos dois países ainda têm em curso campanhas de vacinação contra a doença.

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