Ver Angola

Economia

Dólar nas ruas continua a cair e chegou a menos de 530 kwanzas

O valor médio do dólar nas ruas de Luanda continua em queda e chegou hoje a menos de 530 kwanzas, depois dos consecutivos aumentos da injecção de divisas na banca, em curso pelo Banco Nacional de Angola (BNA).

:

O preço praticado no mercado informal permaneceu próximo dos 600 kwanzas por cada dólar norte-americano em Agosto e Julho, depois de máximos acima dos 630 kwanzas em Junho, embora com pontuais flutuações semanais.

Contudo, as rondas semanais da Lusa junto das kinguilas de Luanda, como são conhecidas estas mulheres que se dedicam à compra e venda de divisas na rua, confirmam as consecutivas quebras das taxas, informais.

Há precisamente uma semana, cada dólar era comprado em Luanda, em média, a 550 kwanzas, valor que tem vindo a descer lentamente, para uma média, hoje, de 530 kwanzas.

Em contrapartida, o BNA vendeu cerca de 900 milhões de euros de divisas aos bancos comerciais em Agosto e 930 milhões de euros em julho, valores máximos de 2016. Só em Setembro, o BNA já vendeu cerca de 700 milhões de euros em divisas aos bancos.

Contudo, aos balcões dos bancos, persistem as dificuldades no acesso a divisas - devido à crise que afecta o nosso país, decorrente da quebra nas receitas petrolíferas, levando clientes a optarem pelo mercado de rua, apesar de taxas de câmbio que ainda são três vezes superiores à oficial.

A Lusa encontrou quem vendesse a nota de dólar, no bairro do São Paulo, a 530 kwanzas, enquanto as 'kinguilas' do bairro dos Mártires de Kifangondo cobravam 520 e as do Maculusso, igualmente no centro de Luanda, 540, tal como na Mutamba.

Algumas destas mulheres confirmaram à Lusa que "há mais dólar para vender" por estes dias, mas sem explicar estas oscilações, além de assumirem que se mantém a forte procura, por entre os habituais receios da polícia, já que se trata de um negócio ilegal.

São preços especulativos que, em muitos casos, como para os trabalhadores expatriados, é a única forma de ter acesso a divisas no actual contexto de crise económica, financeira e cambial, decorrente da quebra nas receitas petrolíferas.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.