A informação, dando conta que foram vendidos 387,2 milhões de euros, consta do relatório semanal do BNA sobre a evolução dos mercados monetário e cambial, no período entre 12 e 16 de Setembro, contrastando com os 314,6 milhões de euros da semana anterior (que já tinha aumentado 45 por cento).
Segundo o documento, consultado Segunda-feira pela agência Lusa, as divisas disponibilizadas - mantêm-se em euros há vários meses -, em vendas directas equivalentes a 432,6 milhões de dólares, destinaram-se a cobrir, nomeadamente, a importação de alimentos (157,1 milhões de milhões de euros) e operações de companhias aéreas (17,9 milhões de euros), que, como a portuguesa TAP, continuam com verbas avultadas retidas no país.
Essas vendas de divisas garantiram ainda, na última semana, necessidades do sector das telecomunicações (29,5 milhões de euros), de operações de viagens, ajuda familiar, saúde e educação (17,9 milhões de euros), do sector da energia e águas (10,7 milhões de euros), transferências para bolseiros (10,7 milhões de euros) e para cobertura de operações com salários de não residentes cambiais (8,9 milhões de euros), entre outros.
Do montante total "e após uma paralisação de oito meses", o BNA refere que voltou a realizar venda de divisas em leilão de preço (dois), no montante aproximado de 70,7 milhões de euros.
A taxa de câmbio média de referência de venda do mercado cambial primário, apurada ao final da última semana, permaneceu inalterada, nos 166,717 kwanzas por cada dólar e nos 186,271 kwanzas por cada euro.
Contudo, no mercado de rua, a única alternativa, embora ilegal, face à falta de divisas aos balcões dos bancos, a nota de um dólar continua a ser transaccionada acima dos 550 kwanzas.
