A decisão consta da nota oficial sobre a reunião mensal de Agosto do Conselho de Política Monetária (CPM) do BNA - a que a Lusa teve acesso esta Quinta-feira em Luanda -, encontro que serve para avaliar os indicadores de crescimento económico e as contas fiscais e monetárias, neste caso de Julho.
Na reunião "foi prestada particular atenção à trajectória recente dos preços na economia nacional" - inflação acima dos 35 por cento a um ano, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE) -, notando-se "que o agravamento da inflação em Julho resultou da redução da oferta", derivada da queda da importação de bens, observada em Abril, Maio e Junho de 2016".
"Nesta senda, o CPM constatou a necessidade de reforço das medidas que vêm sendo tomadas no sentido do aumento da oferta de bens e serviços", lê-se no documento.
A taxa de juro, cujas variações podem servir para controlar a evolução da inflação, esteve fixada até Julho de 2014 em 8,75 por cento, após um corte, na altura, de meio ponto percentual.
Aumentou há mais de um ano para 9 por cento, tendo iniciado um ciclo de subidas, com três aumentos só em 2016, o último dos quais em Junho.
Na reunião de Agosto do CPM, além de manter a taxa básica de juro nos 16 por cento ao ano até 28 de Setembro (próxima reavaliação), o BNA decidiu não alterar a taxa de juro de facilidade permanente de cedência de liquidez, fixada nos 20 por cento ao ano, e da taxa de juro da facilidade permanente de absorção de liquidez a sete dias, que continua nos 7,25 por cento ao ano.