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Jogos Paralímpicos: Angola regressa sem medalhas mas com melhores marcas pessoais

A delegação angolana que participou na XV edição dos Jogos Paralímpicos, decorridos de 7 a 18 de Setembro, no Rio de Janeiro, chegou ao país por volta das 9h00 desta Segunda-feira.

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A comitiva, que embarcou no Rio de Janeiro cerca das 21h00 de Domingo, não alcançou os objectivos delineados pelo Comité Paralímpico Angolano de chegar as finais, com uma selecção projectada para a edição de Tokio em 2020.

José Chamoleia, Octávio dos Santos e Esperança Gicasso tiveram uma participação que se resume na melhoria das respectivas marcas nas provas de 100, 200 e 400 metros.

Befília Buio, ressentida de dores nos membros inferiores, correu sem sucesso a meia-final dos 1500 metros, tendo terminado a prova a coxear.

Apesar da falha do objectivo de alcançar a final, o balanço da participação de Angola é positiva pela superação das marcas, afirmou Sábado o técnico nacional, José Manuel.

O técnico diz ter consciência de que a preparação foi boa, mas reconhece e compreende que os outros também treinaram e saíram-se melhor desta vez, sendo a continuação dos trabalhos a única opção. Quanto ao futuro, afirmou que o Comité Paralímpico Angolano já está a pensar nos Jogos Paralímpicos de Tokio em 2020.

De acordo com a Angop, explicou ainda que os trabalhos devem iniciar o quanto antes, com um grupo de 38 atletas jovens já identificados, e eventualmente outros que venham a despontar, e acrescentou que em 2017, Angola participará no Campeonato do Mundo no mês de Setembro, em Londres.

José Manuel falou também das condições de treino, que considera inferiores relativamente às da maior parte dos países, citando como exemplo o facto dos atletas estarem apenas sujeitos a trabalhos compatíveis à alta competição, quando são convocados pela selecção nacional.

“Estes atletas não têm nas respectivas províncias condições mínimas. Só treinam em pista quando estão na selecção. Treinam em campo de futebol, correndo na estrada, muitos vêm com lesões e acabam fazendo o básico na selecção, além da recuperação a que têm de ser submetidos antes”, referiu.

Outra questão de estrangulamento, de acordo com José Manuel, é o facto de Angola participar anualmente apenas em uma ou duas competições internacionais, quando o recomendável seriam seis no mínimo.

De salientar, ainda nesta edição dos Jogos Paralímpicos, que 12 anos depois de se ter tornado o homem mais rápido do atletismo adaptado mundial, José Armando Sayovo mantém-se como recordista paralímpico dos 400 metros com a marca de 50.03 obtida em Atenas2004.

O Rio2016 foi a sexta participação consecutiva de Angola em Jogos Paralímpicos, que já esteve em Atlanta1996, Sidney2000, Atenas2004, Pequim2008 e Londres2012.

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