“A energia é um dos factores principais para o desenvolvimento de qualquer país”, afirmou António Matias no II Encontro Internacional das Tecnologias Ambientais, na cidade portuguesa do Porto.
O responsável lembrou que o país tem um plano estratégico neste sector com o objectivo de divulgar, sensibilizar e incentivar a implementação destas tecnologias e promover e implementá-las nas áreas do urbanismo e construção, agricultura e florestas, indústria, energia e águas, transportes e minas.
Angola tem potencial nas energias renováveis, mas precisa de maior investimento, considerou.
“Já criamos uma unidade técnica de apoio ao investimento privado para atrairmos empresas que queiram investir na área ambiental, havendo já projectos a nascerem, nomeadamente nas vertentes eólica e solar”, disse António Matias.
Quanto à energia solar, o governo pretende criar uma fábrica e instalar 100 megawatts de solar fotovoltaico, dos quais 10 megawatts fora de rede.
Na energia hídrica, o propósito é instalar 100 megawatts de mini-hídricas, dos quais pelo menos 60 megawatts para electrificação de sedes de município em redes isoladas.
Outra das metas é instalar 450 megawatts de projectos de biomassa florestal e agro-industrial e mais 50 megawatts com resíduos urbanos.
António Matias realçou que querem ainda instalar 100 megawatts distribuídos por dois a três parques eólicos ao longo do território.
A criação de um Centro de Investigação em Energias Renováveis também está nos horizontes, revelou.
Para melhorar o acesso a serviços energéticos nas zonas rurais a partir de fontes renováveis, o governo prevê distribuir 100 mil fogões melhorados e 500 mil lanternas solares.
A criação de “aldeias solares ou renováveis” em 500 locais com mais de 10 megawatts de energia solar e 50 sistemas com base em micro ou pico-hídricas tem é outra das ideias, realçou.
