Segundo o chefe de departamento de saúde pública do Huambo, Almeida Chitungo, o número de óbitos registados (61) é preocupante, comparativamente ao registado entre Janeiro e Junho de 2014.
No ano passado, em igual período, foram registados 295 casos e 11 mortes, um registo que se traduz em cerca de cinco vezes mais vítimas mortais no espaço de um ano.
Almeida Chitungo explicou que o elevado índice de mortalidade deve-se a vários factores, essencialmente a chegada tardia aos hospitais e o abandono do tratamento.
Aos factores acima citados, o técnico de saúde associa igualmente o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, o aglomerado de pessoas em pequenas residências e a falta de saneamento básico.
Em 2014, o país registou duzentos mil casos de tuberculose quase quatro vezes mais dos notificados no ano anterior (56.716).
Por ocasião do dia mundial dessa doença, comemorado em Março passado, a Direcção Nacional de Controlo da Tuberculose e Lepra disse que a enfermidade continua a ser um importante problema de saúde em Angola, exigindo a situação a execução de estratégias para o seu controlo, tendo em conta aspectos humanitários, económicos e de saúde pública.