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Diamantino Azevedo diz que garimpo de diamantes na província da Lunda Norte desafia actividade

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás disse que a actividade diamantífera na província da Lunda Norte enfrenta “um desafio grave e complexo”, com o maior número de focos críticos de garimpo de diamantes.

: Correio da Kianda
Correio da Kianda  

Diamantino Azevedo, que discursava esta Quinta-feira na cerimónia de inauguração de um campus universitário na Lunda Norte, um investimento de 60 milhões de dólares, pelo Presidente, João Lourenço, referiu que estão envolvidos no garimpo crianças e mulheres "e com forte presença de estrangeiros".

"A situação é agravada pela existência de várias casas ilegais de compra de diamantes, localizadas em zonas mineiras e fronteiriças, que operam à margem da lei, efectuando pagamentos em divisas e alimentando redes organizadas de comercialização ilícita", denunciou.

Segundo Diamantino Azevedo, estes actos colocam em risco não apenas a soberania internacional e a imagem internacional de Angola e do seu sector diamantífero, bem como a própria sustentabilidade desta indústria.

O governante sublinhou que a exploração e comercialização ilegal de diamantes promovem a imigração clandestina, o branqueamento de capitais, a degradação ambiental, a propagação de doenças, o trabalho infantil e outras consequências sociais "profundamente negativas".

Perante este quadro, disse o ministro, o executivo vai continuar "a tomar as medidas devidas para combater estes males e responsabilizar criminalmente os seus financiadores, promotores e participantes activos".

Diamantino Azevedo defendeu que é preciso "reforçar a fiscalização mineira e o controlo das áreas concessionadas, promovendo igualmente as zonas não concessionadas para actividades mineiras formais no regime semi-industrial e industrial, criando condições para empregar muitos dos jovens angolanos, que hoje se dedicam ao garimpo".

Para o governante, é importante replicar-se em outras concessões os exemplos de sucesso de combate ao garimpo, como os registados em outros projectos, para proteger os recursos e garantir a rastreabilidade dos diamantes angolanos, bem como preservar a credibilidade de Angola nos mercados internacionais, "assegurando que o sector diamantífero continua a ser uma fonte legítima e sustentável do desenvolvimento nacional".

O ministro destacou o papel relevante da província da Lunda Norte no domínio da produção diamantífera nacional, contando actualmente com 21 projectos mineiros em produção, que garantem emprego directo a mais de 8000 trabalhadores.

"Nos últimos dois anos, a produção média anual da província fixou-se em cerca de 1,4 milhões de quilates de diamantes brutos, o que representa aproximadamente 12 por cento da produção total de Angola neste período", avançou.

O campus da universidade Lueji-a-Nkonde, localizado na cidade do Dundo e construído numa área de cerca de 19 mil quilómetros quadrados, conta com 87 salas de aula e capacidade para 3200 estudantes, das Faculdades de Economia e Direito, teve o financiamento da Endiama, empresa diamantífera pública.

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