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Reservas internacionais aumentam para o maior valor do ano em Julho

As reservas internacionais fixaram-se em 14,6 mil milhões de dólares em Julho passado, uma variação mensal positiva de 1,66 por cento, e o maior valor verificado este ano, segundo uma análise do Banco Millennium Atlântico.

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Os dados do Banco Millennium Atlântico, divulgados numa nota de análise consultada pela Lusa, mostram que este é o maior valor verificado desde Dezembro de 2023, altura em que registou 14,7 mil milhões de dólares.

No mês de Junho, o 'stock' das reservas internacionais tinha também subido tendo-se fixado em 14,4 mil milhões de dólares, correspondendo a uma cobertura de 7,2 meses de importação de bens e serviços.

De acordo com a análise, este crescimento pelo segundo mês consecutivo deve-se à recuperação em 3,67 por cento da disponibilidade dos direitos especiais de saque” para 620,9 mil milhões de dólares, e das “reservas do FMI [Fundo Monetário Internacional]” para 150,8 mil milhões de dólares, enquanto os depósitos registaram um aumento significativo de 9,65 por cento, para 5,4 mil milhões de dólares.

“Contrariamente, a disponibilidade de moeda estrangeira manteve o ritmo de redução, pelo terceiro mês consecutivo e fixou-se em 63,08 milhões de dólares no mês em análise”, lê-se no documento.

Em declarações à Lusa, a economista angolana Joyce Domingos referiu que esta tendência de crescimento deve manter-se, por haver cada vez menos necessidade de intervenção do Banco Nacional de Angola (BNA) no mercado cambial.

Segundo esta especialista, estes activos, que constituem as reservas internacionais, estão a ser bem rentabilizados e permitem ao banco central contribuir para a estabilidade do mercado cambial.

Joyce Domingos frisou que a intervenção do banco central tem sido reduzida no mercado cambial, deixando este espaço aos normais intervenientes, nomeadamente empresas petrolíferas e diamantíferas, com vista ao ajustamento do mercado.

“A princípio é que se mantenham essas reservas nas aplicações em que estão, que continuem a rentabilizar, e as saídas sejam cada vez mais reduzidas, porque quem tem feito mais intervenções é o Tesouro Nacional”, adiantou.

No que se refere à moeda estrangeira, Joyce Domingos frisou que a sua contínua redução deve-se à disponibilidade reduzida de aquisição a nível interno pelo BNA.

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