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Canadiana Ivanhoe Mines vai transportar cobre através do Corredor do Lobito

A canadiana Ivanhoe Mines vai passar a transportar minério de cobre a partir do Corredor do Lobito, no âmbito da assinatura de um memorando de entendimento com a Lobito Atlantic International, que vai já possibilitar transportar 10 mil toneladas de concentrado de cobre no último trimestre deste ano.

: Facebook do Caminho de Ferro de Benguela- E.P.
Facebook do Caminho de Ferro de Benguela- E.P.  

"A empresa canadiana Ivanhoe Mines, que explora as minas de cobre de Kamoa-Kakula, na República Democrática do Congo (RDC), anunciou ontem a assinatura de um memorando de entendimento com o consórcio que detém a concessão da linha ferroviária do Corredor do Lobito para fazer o transporte de minério de cobre até ao Porto do Lobito", refere um comunicado, remetido ao VerAngola.

O documento foi rubricado com a Lobito Atlantic International – responsável pela concessão do Corredor do Lobito por 30 anos – "e vai permitir o transporte de 10 mil toneladas de concentrado de cobre já no último trimestre de 2023", acrescenta a nota.

Refira-se que este memorando se trata do primeiro acordo comercial celebrado pelo consórcio composto pela Trafigura, Mota-Engil e Vecturis S.A.

Actualmente, adianta a nota, a empresa canadiana encontra-se a enviar "o minério por via rodoviária para portos na África do Sul (Durban), Namíbia (Walvis Bay), Moçambique (Beira) e Tanzânia (Dar es Salam)", sendo que transporte através da linha férrea com mais de 1700 quilómetros que "liga a RDC e ao Porto de Lobito constitui uma alternativa mais rápida, encurtando o tempo de viagem de forma significativa".

A título de exemplo "a viagem de ida e volta de Kamoa-Kakula até Durban leva 50 dias, prazo que diminui para apenas 20 dias, no caso do Corredor do Lobito", acrescenta a nota.

Citado no comunicado da empresa, Robert Friedland, fundador e co-presidente executivo da Ivanhoe Mines, considerou que "o Corredor do Lobito está prestes a se tornar uma rota comercial crucial para o cobre e outros minerais críticos de uma região estratégica única de África... metais que são tão desesperadamente necessários para a transição energética do nosso planeta".

"O Corredor do Lobito é a rota de exportação e importação mais curta e directa do Copperbelt para o mercado transoceânico internacional, o que deve proporcionar tempos de retorno mais rápidos e custos mais baixos. Mais importante ainda, a logística no corredor ferroviário incorrerá em emissões de carbono significativamente mais baixas do que a alternativa por camião – reforçando ainda mais o compromisso de Kamoa-Kakula de produzir cobre ultraverde", considerou ainda o responsável.

A concessão do referido corredor foi atribuída à Lobito Atlantic Railway no final do ano passado. No entanto, a cerimónia de formalização da concessão só teve lugar a 4 de Julho deste ano, onde estiveram presentes os Presidentes de Angola, RDC e Zâmbia, "dada a relevância desta infra-estrutura para o desenvolvimento económico e social dos três países".

"Ao abrigo do contrato de concessão, o consórcio assumiu o compromisso de investir 455 milhões de euros em Angola e outros 100 milhões na RDC, para melhorar as infra-estruturas do Corredor do Lobito ao nível de capacidade e de segurança, bem como para comprar 35 locomotivas e 1500 carruagens", lê-se ainda no comunicado.

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