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VIH: INLS está a implementar novo teste rápido desde o início do ano

Um novo teste rápido que possibilita a obtenção de resultados “mais precisos de casos de VIH”, está a ser implementado pelo Instituto Nacional de Luta Contra a Sida (INLS), desde o início do ano.

: Ampe Rogério/Lusa
Ampe Rogério/Lusa  

Segundo uma nota do Ministério da Saúde, a que o VerAngola teve acesso, desde Janeiro que o INLS se encontra a implementar "no seu algoritmo de testagem rápida um terceiro teste, denominado 'SD-Bioline', que permite obter resultados mais precisos de casos de VIH".

De acordo com José Carlos Van-Dúnem, director-geral adjunto do instituto – em declarações ao Jornal de Angola, citadas pela nota do Ministério da Saúde –, numa primeira fase, o referido teste encontra-se já em utilização em Luanda, Benguela, Namibe, Bié, Huíla, Uíge, Cuanza Sul, Huambo, Cuando Cubango, Cunene, Malanje e Lunda Sul, fazendo ainda saber que até ao fim do ano este novo teste vai chegar às províncias do Bengo, Zaire, Cabinda, Cuanza Norte, Lunda Norte e Moxico.

Para tal, neste momento, acrescenta a nota, o instituto encontra-se a concretizar formações de formadores, no sentido de estes depois difundirem as "acções de capacitação a todos os municípios" das províncias.

Em declarações ao Jornal de Angola, o responsável esclareceu que "com esta capacitação, todos os técnicos poderão executar de forma correcta a nova técnica", tendo acrescentado que os técnicos se encontravam "formatados a usar algoritmo de apenas dois testes, daí a necessidade de continuarem a ser formados para trabalhar com mestria no método acrescido".

José Carlos Van-Dúnem disse ainda que a resposta das províncias onde já se aplica este novo método de testagem é positiva, destacando que "as estatísticas indicam que os técnicos estão a trabalhar com a devida correcção" e explicando que a aplicação deste novo teste ocorre em obediência a uma recomendação da Organização Mundial da Saúde.

Relativamente a números, o responsável explicou que o número de testes realizados não corresponde ao de pessoas testadas, pois por vezes há cidadãos que decidem repetir o teste noutra unidade na esperança de que o resultado seja diferente. São raros os casos em que o resultado positivo é recebido com naturalidade, reforçou, citado pelo Jornal de Angola.

Assim, adianta o Jornal de Angola, no sentido de tornar os números mais fidedignos, o ministério encontra-se a actuar na concepção de um software integrado para notificar casos, que vai proporcionar ao sistema remover duplicados e realizar o acompanhamento das pessoas registadas como seropositivas, possibilitando uma melhor caracterização desta doença em Angola.

Por sua vez, Bárbara Pocongo, responsável do laboratório de Biologia Molecular do instituto nacional, também citada pelo Jornal de Angola, referiu que a eficiência e sensibilidade dos testes rápidos é equiparável aos exames serológicos e outros que são concretizados em laboratório.

Disse ainda que se utilizam "testes rápidos porque, em termos de saúde pública, deve-se trabalhar no sentido de o diagnóstico correcto chegar à população", acrescentando que os testes rápidos são mais fáceis e também podem ser concretizados em qualquer local, escreve o Jornal de Angola.

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