Segundo o responsável, o panorama actual não está muito bom, tendo em conta o que se está a passar "a nível das distintas economias do mundo": "A situação não está muito boa neste momento, isto porque todos nós sabemos o que é que está a acontecer a nível das distintas economias do mundo", apontou.
No caso concreto de Angola, adiantou, "hoje infelizmente podemos dizer que na prática não temos compradores de diamantes para que com regularidade absorvam as produções que temos estado a obter".
"Hoje e neste momento temos uma parte significativa da nossa produção em stock. Isto porquê? Porque muitas vezes confrontamo-nos com preços que nos são oferecidos e que não podem sequer cobrir os custos", disse, acrescentando: "Temos hoje muito mais de um milhão de quilates aí retidos a aguardar por melhores circunstâncias para podermos fazer a comercialização".
Ganga Júnior salientou que quando isso acontece, "a vida das empresas se ressente", havendo necessidade de "encontrar formas de sobrevivência".
Sobre esta questão, o PCA da Endiama apresentou algumas sugestões: "Temos que mexer mesmo nos custos, reduzir, sermos audazes no sentido de termos maior produtividade, maior rentabilidade, sermos mais audazes na nossa gestão ou então temos que (...) contar com dinheiro dos outros, particularmente da banca".
Já em termos da logística internacional, Ganga Júnior disse que as empresas que produzem e fornecem os equipamentos e as "empresas que fazem a navegação para a carga chegar" também apresentam dificuldades, não havendo "máquinas em stock".
Apontou ainda que os "custos resultantes da própria inflação" que levam a que a "cada vez mais a vida seja cara", acrescentando que "é isso mesmo que nós temos que analisar aqui (...)".
Na sua intervenção salientou igualmente que a Endiama dá continuidade ao "processo de reestruturação em todas as vertentes, no sentido" de poderem "servir mais o país" e "acompanhar mais as empresas mineiras".
Outro dos objectivos prende-se com a passagem à produção: "Passamos nós próprios a produção também, e este ano temos que ter (...) diamantes produzidos por nós internamente e então é isso que nós estamos a fazer no sentido de nos próximos anos termos um sector geológico-mineiro, muito particularmente na cadeia dos diamantes, mais fortalecido".
Segundo uma nota da Endiama, a que o VerAngola teve acesso, o encontro visa "a avaliação do funcionamento, discussão de procedimentos aplicados, troca de experiências entre as várias empresas de produção de diamantes" e vai decorrer até à próxima Sexta-feira, 1 de Setembro.
