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Educação

São precisos mais de 60 mil professores para suprir necessidades do sector

Laudemira de Sousa, directora do gabinete dos recursos humanos do Ministério da Educação, revelou que são precisos mais de 60 mil professores para suprir o défice que existe no sector. Segundo a responsável, um total de 60.444 professores são necessários a partir do próximo ano lectivo para dar cobertura no país, ajustando assim a proporção entre docentes, alunos e salas de aula.

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Reconheceu que o valor apresentado pode parecer um exagero, mas que espelha uma realidade pois foram erguidas novas escolas no país.

Além disso, a responsável, citada pela Angop, apontou igualmente a mobilidade no sector como outra causa para este défice, esclarecendo que a mobilidade de profissionais por causa de reformas, mortes, transferências e destacamentos também é grande.

Ao falar no 18.º Campo Nacional de Feiras dos Estudantes Universitários (CANFEU), indicou que embora o decreto 160/18 estabeleça o perfil para docente do ensino primário, o sector já se encontra numa etapa em que não é preciso adequações, tal como em tempos aconteceu em que bastava as pessoas saberem ler e escrever para desempenhar as funções de docente, escreve a Angop.

Assim, admitiu que esta etapa é fruto da formação de quadros que foi acontecendo ao longo dos anos, existindo actualmente um número de professores suficientes que têm formação para leccionarem as disciplinas, realçando-se a matemática e a física.

Já sobre o ensino técnico profissional, a responsável admitiu que ainda existe escassez, pois este domínio obriga a que haja pessoas com formação em engenharias.

Laudemira de Sousa fez igualmente saber que a tutela tem uma permissão excepcional para contratar engenheiros, para serem colaboradores e ajudarem assim a garantir as aulas neste domínio.

Na ocasião, a ministra da Educação, Luísa Grilo, informou que nos últimos cinco anos, foram erguidas no país cerca de 5651 salas de aulas, enquadradas no Programa de Intervenção Integrado nos Municípios (PIIM), e também mencionou alguns projectos concebidos para melhorar a qualidade do ensino, entre os quais a escola virtual 'Xilonga', o PAT II, o Todos Unidos Pela Primeira Infância (TUPPI), o EJA-Angola, entre outros, escreve a Angop.

Por sua vez, a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, também citada pela Angop, disse que o Governo estima apostar mais em cursos nas áreas da agricultura, piscicultura, pescas, artes e humanidades.

"Deve-se ter um sistema de garantia e cultura de qualidade. Sem processo de auto-avaliação, sem avaliação externa e acreditação de cursos e sem avaliação desempenho de docente, não se pode almejar excelência", indicou a governante, que acrescentou que os docentes que irão dar aulas daqui a cinco anos (a partir de 2027) deverão ter, pelo menos, a licenciatura.

Reconheceu igualmente ser preciso adequar a oferta de formações. "Hoje há uma redução acentuada nos cursos das engenharias, tecnologias, ciências naturais", disse, acrescentando que hoje em dia existem vários cursos no domínio social, cuja oferta de emprego é baixa, escreve a Angop.

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