Em declarações a Agência Lusa, considerou que 99 por cento da culpa pelo desempenho não satisfatório dos atletas angolanos deve-se ao tardio apoio financeiro prestado pelo Governo, que disponibilizou as verbas apenas no final do mês de Junho.
Em relação às prestações, referiu que a selecção feminina de andebol aspirava pelo menos menos o oitavo lugar conseguido em 2016 no Rio de Janeiro.
Melhor esteve a natação, já que os nadadores Catarina Sousa e Salvador Gordo conseguiram marcas próximas dos recordes de Angola, mas o mesmo já não se aplicou ao atletismo e ao judo, pois considera que foram as modalidades cujas expectativas ficaram muito aquém.
Lamentou ainda o facto de o velocista Bee Miguel Aveni não ter competido devido à eliminação, por falsa partida.
Já depois de considerar que a judoca Diassonema Neidy teve uma fraca preparação ao mais alto nível, apontando a falha ao Comité Olímpico Angolano, António Monteiro lamentou o mau desempenho da selecção de vela, causado pelo envio tardio da embarcação angolana para Tóquio, levando Angola a competir com outra embarcação sem qualidade.
O secretário-geral do Comité Olímpico Angolano entende que se deve procurar, com urgência, por outras alternativas financeiras, de modo a fazer face às despesas correntes.
O responsável olímpico defendeu ainda uma alteração no actual paradigma no desporto angolano, para aspirar a um 'metal' olímpico, que nunca conquistou, nas 10 presenças olímpicas: Moscovo1980, Seul1988, Barcelona1992, Atlanta1996, Sydney2000, Atenas2004, Pequim2008, Londres2012, Rio2016 e Tóquio2020.