Até ao momento já foram fechadas quatro lojas em Luanda. Segundo avança o Valor Económico, em causa estão os estabelecimentos situados no Zamba, Cacuaco, Sambizanga e Viana.
As portas foram fechadas ao público, mas os empregados continuam a trabalhar até pelo menos dia 15 de Agosto. Depois dessa data, os funcionários deverão ser dispensados.
De acordo com o artigo do Valor Económico, há promessa por parte da empresa gestora de que os colaboradores que forem dispensados serão readmitidos no futuro.
No entanto, os funcionários mostram-se receosos: "Não temos muita esperança nisso. Estamos com receios. É o nosso trabalho. Há muito descontentamento e como está tudo ainda tememos que outras lojas encerrem também", disse um dos colaboradores ao Valor Económico, que preferiu não ser identificado.
Já o Ministério do Comércio e Indústria diz não estar informado sobre o fecho das lojas. Ao mesmo jornal, a tutela afirmou que os supermercados são "geridos por uma entidade gestora, cujo contrato está em vigência e vai até Janeiro de 2022".
O ministério adianta que a empresa gestora "é responsável pela gestão integrada de todas as lojas da rede Nosso Super e o contrato não prevê o encerramento de parte das lojas", acrescentando que "não recebeu qualquer informação nesse sentido".
De acordo com o Valor Económico, depois de as lojas terem fechado portas, alguns trabalhadores procuraram respostas junto dos ministérios do Comércio e Indústria e da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, que apenas lhes pediram para manter a "calma" tendo sido esclarecidos de que não tinham sido despedidos, mas se encontravam suspensos.
Em 2016 entrou em vigor o contrato de gestão e exploração da cadeia de supermercados pelo grupo Zahara. A parceria surgiu numa altura em que alguns órgãos de comunicação avançavam que o "Nosso Super" tinha falta de produtos nas suas prateleiras e estava a despedir funcionários.