O responsável, citado pela Angop, considerou que esta ferramenta será uma mais valia para o sistema de ensino nacional em tempos de covid-19. A plataforma ajudará as escolas a disponibilizar aos alunos material de apoio e também permitirá aos professores acompanhar a aprendizagem dos alunos, explicou.
No entanto, Eugénio Silva admitiu que nem todos os estudantes conseguirão ter acesso à plataforma, porque nem todos têm acesso à Internet ou a dispositivos digitais, como por exemplo computador ou telemóvel: "Estamos neste dilema entre tentar minimizar o ensino e salvaguardar a possibilidade de exclusão que as tecnologias provocam em Angola".
Eugénio Silva realçou que o ensino à distância não pode passar apenas pela disponibilização de conteúdos através das redes sociais e que é preciso organização e estruturação para que o ensino à distância seja bem executado.
Admitiu ainda que o país não tem propriamente implementado o ensino à distância, mas que se está a caminhar para isso: "Não temos, propriamente, ensino à distância em Angola. Estamos a dar os primeiros passos para instituir-se este ensino".
Em Maio, a tutela fez um levantamento para analisar o nível de preparação das instituições de ensino quanto a esta matéria, tendo concluído que 50 por cento das universidades do país tinham condições para voltar a leccionar, com recurso a plataformas de ensino à distância.
"Da experiência que observamos, só dois terços de estudantes tiveram acesso ao ensino a distância, o que indica que temos ainda muitos problemas", revelou.