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BFA: economia pode enfrentar em 2020 “maior contracção desde a guerra civil”

O gabinete de estudos do Banco Fomento Angola (BFA) prevê uma “forte recessão” da economia durante 2020, esperando “a maior contracção desde a guerra civil”, podendo ultrapassar os 5 por cento, sustentada pela quebra da produção petrolífera.

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Numa nota enviada aos clientes sobre a evolução da economia, o BFA escreve que 2020 deverá ser "um ano bastante complicado para a economia angolana, esperando-se que a actividade económica tenha a maior contracção desde 2008", acrescentando que em 2020 é esperado "que a economia angolana vá ter a sua maior contracção desde a guerra civil [que terminou em 2002], possivelmente superior a 5 por cento".

Os analistas destacam que com os acordos estabelecidos entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus parceiros (OPEP+) "é esperado que a produção petrolífera continue em quebra homóloga enquanto a procura por essa 'commodity' não volte a níveis pré-pandemia".

O gabinete de estudos do BFA aponta que o Produto Interno Bruto (PIB) contraiu 1,8 por cento no primeiro trimestre face ao período homólogo de 2019.

"O sector petrolífero teve a sua quebra menos acentuada em 2 anos (-1,7 por cento); porém, em sentido contrário, a economia não-petrolífera terá voltado às quebras homólogas, depois de vários trimestres em que terá crescido, de acordo com os cálculos do BFA, baseados nos números do INE", diz o documento.

O gabinete de estudos do BFA acrescenta que o "andamento da economia" estará "também dependente da evolução futura da pandemia" e "das negociações com credores e com os parceiros multilaterais (FMI e Banco Mundial), que determinarão o espaço orçamental para o Tesouro e eventuais entradas adicionais (ou menores saídas) de divisas".

O OGE 2020 revisto, estimado em 13,4 biliões de kwanzas, prevê um défice de 4 por cento aos 15 biliões de kwanzas da anterior proposta e com um preço médio do barril de petróleo de 33 dólares.

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