Segundo avança esta Sexta-feira o jornal Expansão, os números, que fazem parte do relatório e contas da instituição, dão conta de que a 31 de Dezembro do ano passado o capital próprio da FAF era negativo, num valor acima dos 1,12 mil milhões de kwanzas.
"Tais situações indiciam a existência de uma incerteza significativa que pode colocar em causa a capacidade da Federação Angolana de Futebol em continuar o curso normal das operações", indica o documento, citado pelo mesmo jornal.
Ao capital negativo soma-se ainda o facto de a FAF não possuir quase nenhum património. Ao contrário do que se pensava, o Hotel Palanca, a Casa do Desportista, entre outros, não são da FAF. Em termos de património, a federação possui uma lavandaria, que custou cerca de sete milhões de kwanzas, carros, secretárias e computadores. Um património avaliado em cerca de 36,6 milhões de kwanzas, escreve o Expansão.
Os números indicam ainda que o saldo da FAF em 2019 se agravou comparativamente a 2018. Apesar de ter sofrido um aumento de cerca de 37,7 por cento nas receitas, o resultado líquido manteve-se negativo.
Os custos da instituição também aumentaram cerca de 71 por cento. Esse aumento pode ser justificado com o facto de as selecções nacionais terem participado em mais competições fora do país - como por exemplo, a selecção participou no CAN no Egipto e a selecção sub-17 ter participou no mundial no Brasil - o que fez com que a FAF tivesse mais gastos com deslocações, estadias e prémios.