O universo de acções e o plano estratégico do banco foram avançados pelo director-geral da Unidade de Comércio e Empresários, Virgílio Mendes, afirmando que o Banco Postal tem disponível um orçamento global de 900 milhões de kwanzas para este efeito.
Falando à margem de um seminário sobre Apoio a Projectos de Negócio de Mulheres Empreendedoras, organizado em parceria com o Fórum de Mulheres Jornalistas para Igualdade do Género, o responsável bancário referiu que as acções da unidade estão alinhadas com os propósitos do Estado.
"Neste momento, temos uma carteira de microcrédito que ascende a 200 milhões de kwanzas para um orçamento de 900 milhões que temos disponíveis. Claro que o microcrédito é um grande desafio, muito pelo factor da capacidade de gestão de negócios de cada um dos clientes", disse.
Xikila Money, Comércio & Empresários e Corporate & Personal são as três unidades de negócios do Banco Postal, que opera no mercado financeiro angolano há quase dois anos, com a direcção a assinalar a literacia financeira como pilar para alargar a base de clientes.
Segundo Virgílio Mendes, as acções da Unidade de Comércio e Empresários estão igualmente centradas na reconversão do mercado informal para formal, uma das metas do executivo angolano no Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022.
"Sabemos que existe uma massa crítica que circula no comércio informal, mas que tem um grande desafio que tem de determinar o que é o comércio legal e ilegal, que está à margem dos nossos objectivos", disse.
"Tanto o Estado angolano como nós percebemos que há imensa margem de negócios no sector informal e estamos a fazer a nossa parte, a dar o nosso contributo", garantiu.
Recordou que a partir do momento que é feito um contrato de financiamento com um comerciante do sector informal, "automaticamente já existe um imposto de selo sobre o contrato, o que quer dizer que este comerciante está já a contribuir para a receita fiscal do Estado".
O seminário sobre Apoio a Projectos de Negócio de Mulheres Empreendedoras surge no quadro da materialização da integração da economia informal na formal, através de acções de inclusão financeira e do desenvolvimento socioeconómico de Angola.