Para o efeito, o Governo, conforme despacho presidencial de 24 de Agosto, a que a Lusa teve acesso esta Quinta-feira, autorizou a contratação da empresa China Hyway para levar a cabo os trabalhos de manutenção da linha do CFM, que "permitam a segurança da sua exploração".
Esta contratação externa é justificada no mesmo documento com a "incapacidade técnica" da empresa pública que gere o serviço ferroviário, que liga as cidades de Moçâmedes, na província do Namibe, litoral do país, e Menongue, no Kuando Kubango, a leste.
Aquela linha começou a ser construída no período colonial português, em 1905 e só foi concluída quase 60 anos depois. A guerra civil que devastou Angola após a independência, entre 1975 e 2002, tornou a linha inoperante, até à sua reconstrução, concluída em 2011.
A reabilitação e modernização foi realizada pela empresa China Hyway, motivo pela qual, segundo o mesmo despacho, é a escolhida para esta nova empreitada, no valor de 56,5 milhões de dólares, por ter "o domínio dos trabalhos de manutenção de que carece a linha".
A reabilitação da rede ferroviária, destruída por cerca de 30 anos de guerra civil, custou, entre 2005 e 2015, cerca de 3,5 mil milhões de dólares, e foi garantida por empresas chinesas.
A reabilitação das três linhas nacionais edificadas durante o período colonial envolveu 2612 quilómetros de rede e a construção de raiz de 151 estações ferroviárias.