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Sociedade Mineira de Catoca compra participação da Odebrecht em mina de diamantes

O grupo Odebrecht acertou a venda da participação de 16,4 por cento na Sociedade Mineira de Catoca, que explora a quarta maior mina de diamantes a céu aberto do mundo, no leste do país.

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A informação foi confirmada à agência Lusa, em Luanda, por fonte da Empresa Nacional de Prospecção, Exploração, Lapidação e Comercialização de Diamantes de Angola (Endiama), concessionária nacional para o sector diamantífero nacional e que detém uma quota de 32,8 por cento na mesma sociedade.

De acordo com a mesma fonte, a compra da quota da Odebrecht será feita pela Sociedade Mineira de Catoca, pelo que os 16,4 por cento podem depois vir a ser distribuídos, em proporção não revelada, pelos restantes accionistas, que incluem ainda - além da Endiama - os russos da Alrosa (32,8 por cento) e os chineses da LLI (18 por cento).

Oficialmente, ainda nenhuma das empresas accionistas da Sociedade Mineira de Catoca se pronunciou sobre este negócio.

A mina de Catoca está avaliada em mais de 1,8 mil milhões de dólares, pelo que a quota da Odebrecht pode valer mais de 295 milhões de dólares, valores que a fonte da Endiama contactada pela Lusa não comenta.

Em operação desde 1997, a Sociedade Mineira de Catoca assegura a prospecção, extracção e comercialização dos diamantes da mina com o mesmo nome, na província da Lunda Sul, no leste de Angola, responsável por 75 por cento da produção diamantífera anual angolana.

Alguma imprensa brasileira reconhece a necessidade de a Odebrecht encaixar, com a venda de vários activos em todo o mundo, cerca de 3,8 mil milhões de dólares, para fazer face aos custos com o processo judicial "Lava Jato".

Para além do kimberlito de Catoca que explora na província da Lunda Sul, aquela sociedade mineira tem uma participação maioritária noutras concessões diamantíferas em Angola, como a do Luemba, Gango, Quitúbia, Luangue, Vulege, Tcháfua e Luaxe. Esta última é considerada como o maior kimberlito do mundo e deverá iniciar a exploração em 2018.

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