A campanha visa travar a propagação da doença, que já provocou nos dois países mais de 400 mortos e 5000 casos suspeitos, e deverá permitir vacinar mais 14 milhões de pessoas, cerca de três milhões dos quais em Angola.
A informação consta de uma nota da OMS consultada Quinta-feira pela Lusa, em que aquela organização das Nações Unidas refere estar a trabalhar com os ministérios da Saúde dos dois países e a coordenar esta campanha de vacinação, anunciada para ter arrancado a 15 de Agosto, com 56 parceiros para chegar a mais de 8000 locais.
Decorre em simultâneo em Angola e na República Democrática do Congo (RDCongo), sendo "uma das maiores campanhas de vacinação de emergência alguma vez realizada em África", lê-se no documento.
Isto tendo em conta que a execução de uma campanha com esta dimensão pode levar entre 3 e 6 meses, quando esta será realizada, recorda a OMS, até ao início da época das chuvas nesta região, em Setembro.
A OMS estima necessitar de 17,3 milhões de seringas para concretizar esta campanha, juntamente com o apoio de 41.000 técnicos de saúde e voluntários, recorrendo a 500 viaturas de transporte.
Angola não regista novos casos de febre-amarela oficialmente confirmados por laboratório desde o final de Junho.