O acordo de financiamento foi assinado Quinta-feira, em Luanda, pelo ministro da Saúde Luís Gomes Sambo, e pelo coordenador residente dos Sistema das Nações Unidas e representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Paolo Baladelli.
Em declarações à imprensa à margem do acto, o ministro da Saúde disse que o acordo entra agora em execução e será válido por dois anos, salientando que cada programa tem a seu dispor 30 milhões de dólares para reforçar os esforços do Governo no domínio da luta contra a malária e o HIV/SIDA.
Luís Gomes Sambo frisou que as preocupações em relação à saúde são fundamentalmente do Executivo e da população, sendo bem-vinda a ajuda de parceiros, com um papel importante na definição de políticas, de normas técnicas e com recursos financeiros e técnicos adicionais para melhor desempenho da saúde pública.
O governante recordou que a malária é o principal problema de saúde no país e a principal causa de mortalidade geral da população, sendo por isso a "prioridade número um em Angola em termos de saúde pública".
Na sua intervenção durante a cerimónia de assinatura, Paolo Baladelli, sublinhou que há vários anos Angola vem lutando contra essas doenças, que foram dados passos importantes, mas há ainda muito que fazer.
"Uma das novidades importantes do HIV/SIDA esta vez vai ser o foco muito forte sobre o grupo em risco. Talvez, nunca como hoje, vamos ter a possibilidade nestes dois anos de trabalho de fazer um forte trabalho de prevenção com homens que têm sexo com homens, com trabalhadores de sexo e com pessoas que vivem com a diversidade sexual", referiu Paolo Baladelli.
O representante do PNUD no país frisou que está previsto durante os dois anos, um trabalho importante, não apenas com os trabalhadores de saúde, mas com os serviços prisionais e polícia, para um trabalho de sensibilização sobre a discriminação.
"Também vai haver um trabalho importante sobre o contexto legal, para criar condições para que as pessoas que tenham este tipo de doença possam efectivamente ter protegidos os seus direitos como cidadãos no quadro da Constituição angolana", acrescentou.
O Fundo Global, criado em 2002, é uma parceria público-privada que visa a captação e financiamento, com recursos complementares a programas de prevenção e tratamento do HIV/SIDA, tuberculose e malária.
