A informação consta do relatório mensal do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o comportamento da inflação, ao qual a agência Lusa teve acesso Sexta-feira, que destaca que a inflação estava em Julho de 2016, face ao mês anterior, 4,04 por cento mais alta.
Neste relatório do Índice de Preços no Consumidor (IPC), Luanda apresentou aumentos, no espaço de um mês, nas classes "Saúde", com 6,86 por cento, na "Alimentação e bebidas não alcoólicas", com 5,94 por cento, nos "Bens e serviços diversos", com 4,94 por cento, e nas "bebidas alcoólicas e tabaco", com 3,85 por cento.
No Orçamento Geral do Estado para 2016, o executivo prevê uma taxa de inflação (a 12 meses, Janeiro a Dezembro) de 11 por cento, enquanto a revisão do documento já eleva essa previsão a 38,5 por cento.
Desde praticamente Setembro de 2014 que a inflação em Luanda não para de aumentar, acompanhando o agravamento da crise económica, financeira e cambial decorrente da quebra na cotação internacional do barril de crude, o que fez disparar o custo nomeadamente dos alimentos, levando algumas superfícies a racionalizar as vendas.
Luanda é considerada em estudos internacionais como uma das capitais mais caras do mundo.
Já o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) - o INE não divulga dados agregados para um ano para todo o país - registou uma variação de 4,26 por cento entre Junho e Julho.
Em todo o país, as subidas no último mês foram lideradas pelas províncias da Lunda Norte (6,54 por cento), Cunene (5,86 por cento) e Uíge (5,85 por cento), enquanto na posição oposta figuraram as províncias da Huíla (3,68 por cento), Huambo (3,86 por cento) e do Bié (4,03 por cento).