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Elokuva vai recuperar arquivo cinematográfico nacional em negócio de 30 milhões

A empresa Elokuva, que comprou os estúdios da Tobis em Portugal, foi contratada pelo Governo para a recuperação e preservação do arquivo cinematográfico e audiovisual de Angola, num negócio que ultrapassa os 30 milhões de dólares.

Eric Lafforgue:

A informação, com a contratação da empresa de direito angolano, consta de um despacho de Julho, assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos, ao qual a Lusa teve acesso, indicando que o negócio envolve a prestação de serviços de digitalização do "acervo fílmico e audiovisual" do país.

A Elokuva comprou em 2013 a participação de outra sociedade com sede em Angola, a Berkeley Gestão e Serviços, que por sua vez detinha 100 por cento do capital da Filmdrehtsich. Esta última comprou um ano antes, por sete milhões de euros, a empresa portuguesa produtora de cinema Tobis.

A mesma empresa é agora contratada pelo Governo do nosso país, por 5.464 milhões de kwanzas (33 milhões de dólares), pela necessidade de também assegurar a preservação do arquivo, libertando-se para o efeito, para o "pagamento do sinal" um crédito adicional do Orçamento Geral do Estado no valor de 1.639 milhões de kwanzas (10 milhões de dólares).

O documento não aponta em concreto o arquivo a intervir pela empresa Elokuva, mas a história do cinema em Angola tem o seu primeiro registo no tempo colonial português, em 1913, com o filme "O Caminho de Ferro de Benguela", de Artur Pereira, enquanto a primeira longa-metragem, "O Feitiço do Império", de António Lopes Ribeiro, surge apenas em 1940. Há ainda registo de vários documentários produzidos entre 1950 e 1960.

A Elokuva apresenta-se oficialmente como uma sociedade de direito angolano que tem por objecto o desenvolvimento de actividades ligadas ao exercício da gestão empresarial bem como com a administração e gestão de participações bens móveis ou imóveis e prestação de serviços de consultoria na área do comércio internacional.

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