Perante "evidências de práticas ilícitas nas actividades comerciais, o que origina a subida dos preços, principalmente do pão e outros produtos da cesta básica", o Ministério do Comércio mobilizou os principais representantes do sector para conter as distorções do mercado.
Reunidos elementos do Executivo e dos 15 maiores importadores de farinha de trigo e bens da cesta básica do país, analisaram a situação da dotação de cambiais para a importação de farinha de trigo, bem como as quantidades de bens da cesta básica importados no primeiro semestre de 2016, além dos constrangimentos na comercialização dos bens de consumo básico.
O encontro, segundo o presidente da Associação dos Empresários de Luanda, Francisco Neves, citado pela Angop, resultou na criação de um grupo de trabalho que vai integrar o Ministério do Interior e outros departamentos ministeriais, a fim de acompanhar a situação dos preços no mercado interno.
“Foi uma reunião importante, visto que o governo está preocupado e as associações empresariais também, sobre o encarecimento dos produtos alimentares em geral e do pão em particular”, disse.
Francisco Viana denunciou também que a farinha de trigo continua a ser desviada para a República Democrática do Congo, o que ajuda a encarecer o preço do produto.
“A farinha está a ir parar na República Democrática do Congo”, declarou e ressaltou que o “governo quer pôr mão pesada no combate à corrupção e ao tráfico de influência”.
De acordo com o Ministério do Comércio, entre os participantes no encontro incluíram-se os secretários de Estado da Indústria e Interior para o Asseguramento Técnico, Kiala Gabriel e José Félix, o vice-governador do BNA Tiago Dias, o director-geral adjunto do Serviço de Investigação Criminal, António dos Santos, o director do Instituto de Preços e Concorrência do Ministério das Finanças, Kinavuidi Kiaku, e o presidente da Associação dos Industriais de Panificação e Pastelaria de Angola, Gilberto Simão.