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Sagres vai produzir cerveja em Angola e reafirma aposta a longo prazo no mercado

Francois-Xavier Mahot, Presidente da portuguesa Central de Cervejas e Bebidas (SCC), viu as vendas para Angola caírem cerca de 75 por cento. No entanto, em vez de recuar o investimento no nosso país, a empresa arranjou forma de contornar a situação: produzir localmente já a partir do início do próximo ano.

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Em entrevista ao semanário Expresso, o gestor referiu que “as vendas estão em declínio de mais de 75 por cento”, dando conta da quebra das importações angolanas. Apesar de tudo, afirmou que a SCC está preparada para este tipo de situações: “Sabemos que as exportações para mercados emergentes têm alta volatilidade. Não é a primeira vez que este mercado cai, mas temos de olhar para o longo prazo. Esta quebra não significa que a Central tenha perdido o interesse no mercado angolano”.

Um investimento a longo prazo é então a aposta da Central de Cervejas e Bebidas para Angola. Assim, a empresa passará de exportadora de cerveja a produtora da bebida no nosso país, através de um “acordo de produção local da Sagres com a Sodiba”, a Sociedade de Distribuição de Bebidas de Angola. Se tudo correr como planeado, a cerveja Sagres começará a ser produzida em Angola “a partir do final do ano, início de 2017”.

Esta não é a primeira vez que a empresa responsável pela marca Sagres demonstra o seu interesse em localizar parte da produção no nosso país. Chegou mesmo a existir um acordo assinado entre o grupo Heineken, dono da SCC e a Sodiba, representada por Isabel dos Santos, principal accionista. Segundo este documento a produção teria início em 2015, o que não aconteceu devido à crise económica, resultante da quebra do preço do petróleo. Nesse período, o mercado angolano representava cerca de 60 por cento das exportações da cerveja Sagres.

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