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Ambiente

Chineses garantem quase 180 milhões para financiar reabilitação de barragem

A obra de reabilitação e reforço de potência no aproveitamento hidroeléctrico no rio Luachimo, na província da Lunda Norte, vai ser financiada em 179 milhões de dólares pelo banco chinês Industrial and Commercial Bank of China (ICBC).

Hugo Lima/Olhares:

A informação consta de um documento do Ministério das Finanças a que a Lusa teve acesso, referente à execução orçamental nos primeiros três meses de 2016, referindo com isso que já este ano foi garantido o financiamento junto do ICBC para cobrir 85 por cento do investimento necessário, que se cifra, no total, em 210 milhões de dólares.

A empresa portuguesa COBA foi contratada em Agosto de 2014, por 8,3 milhões de dólares, para elaborar o projecto de execução, assistência técnica especial, aprovação de projectos dos equipamentos electromecânicos e eléctricos da barragem, que data de 1958, no tempo colonial português.

No despacho, assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos, a obra, envolvendo além da reabilitação e reforço de potência a construção de uma segunda central, era justificada em face das "projecções de crescimento da procura de energia eléctrica" no país, a médio e a longo prazo, e em função disso pela "necessidade de aumento acentuado da capacidade de produção".

A obra tem uma duração prevista de 37 meses, e a também portuguesa Efacec foi contratada em 2014, por 83 milhões de dólares, pela NIARA POWER, enquanto subcontratada da companhia chinesa de engenharia e construção, Gezhouba Group (CGGC), responsável pela empreitada, para fornecer equipamentos geradores.

A empreitada consiste globalmente na reabilitação dos equipamentos da barragem já existente (que produz oito megawatts) e na construção de uma nova central hidroeléctrica que será equipada com quatro novos grupos geradores de nove megawatts cada um.

O plano do Governo para o sector eléctrico daquela província diamantífera no interior norte do nosso país compreendia, numa primeira fase, a reabilitação e o reforço da produção de energia em Luachimo, para 36 megawatts, bem como a recuperação de nove antigas subestações eléctricas do tempo colonial, paralisadas há 30 anos.

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