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Cultura

Nossa Língua: Angola também ajuda a contar a história da língua portuguesa em imagens

Terra, Casa, Trabalho, Fé, Festa, Gente, Lazer, Raiz, Palavra e Mar. Contar a história da língua portuguesa em imagens. Como? No Instagram. O projecto chama-se Nossa Língua, e é pioneiro ao únir diversas plataformas: uma rede social, que depois dará origem a uma exposição, a um livro e a um documentário – o primeiro documentário virtual dos países de lingua portuguesa.

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O VerAngola falou com Luciane Araujo, idealizadora do projecto, para saber mais sobre a iniciativa e deu também uma palavrinha a Inês Sarzedas, curadora do Nossa Língua em Angola. Por cá, já é sabido que temos “um conjunto de jovens cheios de criatividade e com vontade de dar a conhecer o nosso país”.

Como é que surgiu o projecto Nossa Língua?

O projecto Nossa Língua nasceu do desejo de conhecer, perceber as diferenças e semelhanças entre os países que que se comunicam com a mesma língua – portuguesa. O português é a língua oficial de oito países, pequenas comunidades e está presente nos cinco continentes.

A Língua Portuguesa é um dos idiomas mais falados no mundo e segundo dados é a terceira mais presente nas redes sociais. Isso foi muito inspirador para a construção do movimento Nossa Língua.

Qual o objectivo principal?

Incentivar o conhecimento sobre a diversidade cultural dos países lusófonos através das redes sociais, gerar a troca, a experiência e o intercâmbiocultural. Traçar um perfil de cada País através da percepção dos seus habitantes e difundir toda essa experiência promovida pelo projecto em livro, exposição e filme documentário.

O que é que cada um tem de fazer para participar?

O projecto inicia com 10 missões fotográficas publicadas na rede social Instagram com a participação colaborativa dos habitantes desses países. Em cada missão são selecionadas 10 imagens que mais representam a temática indicada. Ao final, teremos 100 imagens representativas e promovendo um panorama sócio cultural desses países. Qualquer pessoa usuária da rede social Instagram pode participar. O acesso é livre e democrático. Não é necessário ser um fotografo profissional. Só obter uma câmera no celular e sair a fotografar os temas. O importante é a percepção de cada um sobre as missões temáticas.

Porquê o Instagram?

O Instagram é uma rede social onde as pessoas se comunicam através da imagem. É um clique e um compartilhamento. À princípio, isso é prático e com o tempo, cada um vai se aperfeiçoando e buscando os melhores cliques. O movimento Nossa Língua une essa facilidade para promover o movimento através de missões fotográficas.

Serão lançados “desafios” semanalmente?

A cada semana é lançada uma missão fotográfica. São 10 missões que vão gerar 100 fotos. Cada missão terá uma hashtag específica e todos podem taguear suas fotos com a missão determinada. As missões são de temas variados como: Terra, Casa, Trabalho, Fé, Festa, Gente, Lazer, Raiz, Palavra e Mar. Por exemplo, a hashtag da missão Terra é #nossalingua_terra.

Onde poderemos ver expostas as fotografias seleccionadas?

Todos que tiverem acesso ao Instagram através dos seus smarthphones ou Internet podem ver as fotografias. O endereço virtual é www.instagram.com/nossalingua e é só clicar na hashtag de cada missão e ter acesso a galeria virtual com todas as fotos participantes. Por exemplo, a missão Fé tem mais de 800 publicações até ao momento.

Desta exposição nascerá um documentário. Assim, é possível afirmar que será o primeiro documentário virtual dos países de língua portuguesa?

Nossa língua é um documentário pioneiro por unir diversas plataformas: rede social, filme, exposição e livro. Nada parecido foi feita entre os falantes da língua portuguesa unindo todos esses meios.

Onde será realizada a produção?

Nossa língua foi construído no Brasil, especificamente no Rio de Janeiro, mas temos curadores representantes do projecto em alguns países de língua portuguesa. Em Angola, nossa curadora é Inês Sarzedas que registra com muita sensibilidade o País nos cliques dos seu smarthphone.

E onde poderemos ver o resultado final?

O nosso objectivo é levar o filme documentário, livro e exposição para todos os países participantes. Todos os participantes são autores e essa troca é muito importante para o movimento Nossa Língua.

Na sua opinião, Angola poderá ser um dos mais valiosos contributos para o projecto?

 Inês Sarzedas, curadora do projecto em Angola:

Sim, sem dúvida. Não é fácil igualar a contribuição do Brasil ou Portugal, devido à grande quantidade de utilizadores de ambos os países no Instagram, mas Angola já conta com uma excelente participação. Como curadora por Angola, estou muito satisfeita e orgulhosa com a qualidade das imagens que vão sendo apresentadas em todas as missões propostas. Angola está muito bem representada por um conjunto de jovens cheios de criatividade e com vontade de dar a conhecer o seu país nas mais diversas vertentes deste projecto.

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