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Angola importou 20.390 toneladas de produtos de pesca entre 2022 e 2023

Angola importou 20.390 toneladas de produtos diversos de pesca, entre 2022 e 2023, com Portugal a liderar os países de origem, num volume de 4773 toneladas, representando 62,8 por cento de todas as importações, divulgou o Governo.

: FAO/Sylvain Cherkaoui
FAO/Sylvain Cherkaoui  

De acordo com o Anuário Estatístico das Pescas de Angola 2022-2023, consultado esta Quarta-feira pela Lusa, no volume de importações destacam-se as conservas, bacalhau seco, corvina, pescado diverso, entre outros.

O bacalhau seco representou 30,5 por cento de todo o produto importado, com 3108 toneladas.

No top seis dos países de origem, de Portugal há o registo da importação, em 2022, de 2528 toneladas, e em 2023, 2245 toneladas, seguindo-se a Noruega, Tailândia e a China as regiões com algum relevo nas importações do período em referência.

Quanto às receitas, o documento do Ministério das Pescas indica que o país arrecadou 46,7 biliões de kwanzas, para um total de 57.270 toneladas, em que se destaca o peixe diverso.

"O volume das exportações de crustáceos, moluscos e peixe diversos apresentaram um aumento de em 1,3 por cento, 14,7 por cento e 21,2 por cento respectivamente", refere-se no documento.

Em 2022, as exportações variaram entre crustáceos (3972), moluscos (1320) e peixe diverso (20.991), com um aumento do volume de exportações, em 2023, nos crustáceos (4024), moluscos (1513) e peixe diverso (30.987).

Os principais países de destino dos crustáceos foram a Espanha (81,4 por cento), Japão (8,6 por cento), China (6,3 por cento) e Estados Unidos da América (3,7 por cento), para os moluscos, sendo as lulas a espécie mais exportada, os principais países de destino foram Portugal (66,2 por cento), Malásia (24,4 por cento) e China (9,4 por cento).

No que se refere à exportação de peixe diverso, com 46.441 toneladas, os países que mais se destacam são a Costa de Marfim, com 56,1 por cento, o Gana, com 26,5 por cento, a China, com 7,2 por cento, a Malásia, com 3,3 por cento, e a República Democrática do Congo, com 1,3 por cento.

No anuário realça-se que foram realizados pelo Instituto Nacional de Investigação Pesqueira e Marinha – INIPM, durante 2022 e 2023, cruzeiros para estimar a biomassa das espécies pelágicas, demersais e do camarão de profundidade, num total agregado de 817,58 milhões de toneladas.

No período em análise, verificou-se que a maior disponibilidade de recursos incide nas espécies pelágicas (carapau e sardinellas), a qual está estimada em 678.865 mil toneladas, correspondendo a 83,0 por cento do total da biomassa estimada.

Os peixes pelágicos, como a sardinha e o atum, vivem em mar aberto, formando grandes cardumes enquanto os demersais, como a pescada e o linguado, habitam junto ao fundo do mar.

Entre 2022 e 2023, foram atribuídas 502 licenças de pesca, com destaque para a Arte de Cerco, correspondendo a 49,6 por cento do total, ocupando a segunda posição a Arte de Arrasto Demersal, que representa 21,5 por cento do total de licenças atribuídas, fundamentalmente Luanda e Benguela.

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