Segundo o secretário de Estado para o Trabalho e Segurança Social, Pedro Filipe, com a entrada em funcionamento, em Agosto, do Fundo Nacional do Emprego, todos os formandos nos institutos públicos vão beneficiar desta bolsa, que, em 2026, deverá ser alargada aos centros privados.
“Nós entendemos que precisamos de incentivar os jovens a recorrerem aos nossos centros de formação profissional, mas, mais do que isso, precisamos de diminuir o número de desistências e o número de reprovações que, infelizmente, temos ainda testemunhado no âmbito do sistema nacional de formação profissional”, disse.
De acordo com o director-geral do Instituto Nacional do Emprego e Formação Profissional (Inefop), Manuel Mbangui, no ciclo de formações passado foram formados perto de 100 mil jovens, e a taxa de desistência constituiu “o grande problema”, situando-se em 15 por cento.
Manuel Mbangui referiu que as desistências dos jovens são motivadas por causas sociais e económicas, em particular por, em determinadas localidades do país, existirem actividades sazonais, como a produção de carvão.
“Em Malanje, no período em que os jovens deveriam estar a fazer formação, há um aumento da produção de carvão e eles desistem para se dedicarem a esta actividade”, disse o responsável, frisando que o subsídio pode evitar a perda de rendimento dos formandos.
O secretário de Estado sublinhou que o país necessita de electricistas, técnicos de instalações elétricas, técnicos de serralharia civil, canalizadores, áreas em que se tem recorrido a “muita mão-de-obra estrangeira”.
No primeiro semestre do ano foi registada “uma procura muito grande” dos serviços do Inefop, com mais de 183 mil pedidos para a realização de formação profissional, tendo sido matriculados mais de 80 mil formandos, afirmou.
