O responsável avançou que entre os sectores que geraram mais empregos estão os serviços colectivos sociais pessoais (serviços públicos para necessidades sociais), com 29 por cento, o comércio, com 15 por cento, a construção, com 10 por cento, e actividades imobiliárias, com 10 por cento.
Na sua intervenção, o secretário de Estado para o Trabalho e Segurança Social considerou que é "desafiante" a taxa de desemprego em Angola, que se situou acima dos 32 por cento, no primeiro trimestre deste ano.
Pedro Filipe referiu que a preocupação do emprego continua a ocupar a agenda do Governo, realçando que a reversão em grande parte deste quadro está "dependente da saúde" da economia.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativamente ao primeiro trimestre referem que a taxa de desemprego na população, com 15 ou mais anos, foi estimada em 32,4 por cento, sendo mais elevada para as mulheres (31,4 por cento) comparando com os homens (33,4 por cento), uma diferença de dois pontos percentuais.
Apesar de "ainda elevada" a taxa de desemprego, Pedro Filipe destacou que está dentro do geral que se verifica nos países da região austral e no continente africano em geral.
Segundo Pedro Filipe, o ministério tem vindo a levar a cabo várias medidas alinhadas à agenda nacional do emprego para fomentar a empregabilidade, referindo que o arranque do Fundo Nacional do Emprego (Funea), aprovado em Maio de 2023, está marcado para o dia 6 de Agosto próximo.
O governante realçou que o Funea, com o valor de 27 mil milhões de kwanzas, será capitalizado com 21 mil milhões de kwanzas pelo Orçamento Geral do Estado e com seis mil milhões de kwanzas, disponibilizados pelo Instituo Nacional de Segurança Social (INSS), no âmbito da sua obrigação de contribuição para o fomento das políticas do emprego.
Para a primeira fase, Pedro Filipe disse que está previsto o desembolso de 10 mil milhões de kwanzas.
"A nossa expetactiva é que este instrumento vai dinamizar o processo de formação profissional, de empreendedorismo e de fomento ao emprego", salientou, destacando que os dados da economia angolana do primeiro trimestre são animadores.
"O país cresceu na ordem dos 4,6 por cento, e segundo trimestre também os dados preliminares são muito animadores (...), o que pressupõe dizer que com o crescimento da economia mais empresas poderão empregar e absorver mão-de-obra, mais dinamismo a nossa economia vai ganhar e com maior facilidade poderemos abordar esta temática, que muito nos preocupa, que tem que ver com a redução da taxa de emprego, que ainda é muito considerável", disse.